Resumo Entre arte e antropologia, discuto performatividade e performance a partir da experiência da Mestra Mellysa Giselly pela tradição do Guerreiro Beija-Flor na cidade de Juazeiro do Norte, região do Cariri, no interior do Ceará. Assim, trago a passagem em que a brincante participa pela primeira vez do cortejo oficial do Ciclo de Reis de 2021 como momento-chave para relacionar vida e obra. Desse modo, essa proposta busca o movimento caleidoscópico entre corpo e brincadeira no estilhaço dessas imagens do popular que irrompem por f(r)icções de gênero. Ao apostar em uma microutopia queer, vejo como o afeto pode ser central para a discussão da travestilidade na cultura, levando em conta o fabular da transgeneridade e sua capacidade de esgarçar a tradição e sua viga cisgênera.