Objetivo: Verificar a prevalência de diastema em adolescentes, analisar fatores associados e investigar o impacto dessa má oclusão na autopercepção dos adolescentes em relação ao seu sorriso.
Métodos: A amostra consistiu em 160 adolescentes. Tratou-se de um estudo transversal e quantitativo realizado em escolas privadas (A1) e públicas (A2), no período de agosto de 2020 à julho de 2021, na cidade de Parnaíba, Piauí. Inicialmente, aplicou-se um questionário epidemiológico. A seguir, o exame clínico foi realizado sob luz natural, em ambiente escolar. Os alunos que apresentaram diastema constituíram o grupo G1 e os que não apresentaram formaram o grupo G2. Nos alunos do G1 foram identificadas a localização e a medida do diastema e dos possíveis fatores associados e aplicado um segundo questionário sobre a auto avaliação estética do sorriso. Foram realizadas estatísticas descritivas, obtendo-se porcentagens, frequências e análises de associação com o teste qui-quadrado e comparações de média a partir do teste t.
Resultados: Houve diferença significativa na distribuição de adolescentes quanto ao tipo de escola e presença de diastema, verificando-se maior prevalência na escola pública. Quanto ao gênero, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa, assim como não houve associação entre o sorriso e a presença de diastema, pois a maioria não apresentava vergonha ao sorrir, estava satisfeita e julgava ter um sorriso agradável. Verificou-se, quanto aos fatores associados, uma distribuição significativa com maior prevalência de “discrepância de tamanho dentário”.
Conclusão: A presença de diastema teve como fator associado predominante, a discrepância de tamanho dentário. A maioria dos adolescentes afirmaram estar satisfeitos com o sorriso, apesar de não ser agradável, considerando desnecessário o tratamento.