Ordenando no tempo e no espaço: epistemologia narrativa, semiologia e raciocínio clínico

Abstract

Este artigo discute o papel do processo narrativo como elemento constituinte da prática médica. A pesquisa se baseou nos entendimentos que médicos, ao final de um programa de residência médica em Pediatria, fazem da Semiologia Médica, como estrutura fundamental à construção do raciocínio clínico. Os entrevistados se revelaram conscientes da importância de seus conhecimentos médicos, bem como da experiência clínica, posicionando-se como semiotas no ouvir, observar e examinar seus pacientes, aperfeiçoando o "olhar clínico", que, de acordo com as falas, perpassa o palpar e o visualizar, remetendo ao escutar e ao ordenar reflexivamente, no tempo e no espaço, os eventos constituintes do processo da saúde e da doença. Em nenhum deles se manifestou a ilusão absoluta de que a utilização dos recursos tecnológicos por si só revelaria o estado de saúde e/ou de doença de seus pacientes. Constatamos que, embora os entrevistados façam uso da narratologia como base epistemológica do saber médico, não estão conscientes disso.

Sobre el carácter indiciario del método clínico: una mirada antropológica a partir de un relato de caso publicado

“…La expresión "olor a apendicitis" se relaciona con uno de los aforismos médicos más conocidos: "la clínica es soberana". En este caso, es utilizada para referirse al médico que acumuló conocimiento clínico o una sabiduría práctica o phronesis (6,11,24) suficiente para conocer ese "olor". De hecho, la aparente paradoja entre arte y ciencia establece una tensión en la propia medicina donde, generalmente, el arte se refiere a las habilidades relativamente subjetivas del diagnóstico físico o, más precisamente, a un conocimiento tácito; "las intuiciones que los médicos experimentan sin saber muy bien cómo" (6 p.30).…”

“…En una división esquemática, se puede decir que la anamnesis se ocupa de los síntomas, y el examen físico de los signos (l). los médicos interpretan y construyen su propia narrativa médica a partir de las historias que componen las narrativas de los pacientes (anamnesis) y la observación y registro de los signos de la enfermedad en sus cuerpos (examen físico) (6,11). Ambas etapas representarían la construcción del cuadro que corresponde a la semiología y la localización en el esquema general de las enfermedades que corresponde a la clínica (2,17).…”

“…En suma, los médicos, identificando signos y síntomas, formulan hipótesis primarias testeadas por medio de la anamnesis, del examen físico y de estudios complementarios. De forma semejante al razonamiento de un detective para solucionar un crimen, la hipótesis diagnóstica va siendo construida y reformulada desarrollando un razonamiento práctico, interpretativo (5,6,11). Tanto la reconstrucción de un crimen como la reconstrucción narrativa de la elaboración diagnóstica comprenden historias de trabajo indiciarias, importantes para entender el caso.…”

“…La definición de la medicina clínica como una práctica interpretativa (10,11) permite su articulación con el modelo indiciario o semiótico del historiador Carlo Ginzburg (12). Este autor sostiene que "si la realidad es opaca" (12 p.177) existen zonas privilegiadas, signos o indicios, que permiten descifrarla.…”

O raciocínio clínico em prática clínica

“…O feedback externo e a prática ao longo do tempo permitem desenvolver a acurácia e a validade da autoavaliação. A validade inclui "julgar seu desempenho comparando com critérios apropriados", e a acurácia " obter concordância razoável entre o desempenho auto-proclamado e outras medidas válidas de desempenho(6,17,35,36,37).Estudos sugerem que os médicos têm capacidade limitada em realizar a autoavaliação, o que para uma profissão "auto-regulada" torna-se um desafio, oferecendo oportunidades para melhorias. Determinar no cenário prático suas próprias habilidades e competências é importante para realizar um cuidado seguro e de qualidade, possibilitando identificar áreas com necessidade de maior estudo e treinamento.…”