Os Princípios Cooperativistas E a Interdisciplinaridade Presentes Em Uma Cooperativa Escolar

Abstract

O presente artigo busca compreender as contribuições dos princípios do cooperativismo, a interdisciplinaridade, em um processo de construção coletivo, efetivado na prática, na realização do Projeto Educacional. Significa, verificar para além das fundamentações teóricas, construídas ao longo da história, identificar as práticas da constituição de uma Cooperativa Escolar, por alunos na Escola Municipal de Ensino Fundamental Imaculada Conceição, no distrito do Depósito, no município de Espumoso, fundada em 2018. Para responder os objetivos do estudo, a pesquisa conta com aportes teóricos-metodológicos, de natureza aplicada, abordagem qualitativa, com a análise de conteúdo. Os achados do estudo indicam que os princípios, as concepções de estudos interdisciplinares, se efetivam, ao contribuírem na constituição de uma cooperativa escolar, com ações de intervenção da realidade, ao produzir o sal temperado, para uma comunidade com altos índices de hipertensão, ao promover o protagonismo de estudantes, ao exercerem a autogestão na cooperativa, ao incorporar na caminhada educacional, professores, funcionários, pais e a comunidade, em um conjunto de atividades, com apoio da Secretaria Municipal de Educação, tendo como eixos norteadores, a solidariedade, a cooperação e interesse pela comunidade, contribuindo com a efetivação dos princípios cooperativistas, nas boas práticas de governança cooperativa, na interdisciplinaridade, tão fundamentais na construção do conhecimento.

Boas Práticas Em Governança E Princípios Cooperativos Documentadas Pela AROUNDTHEWORLD.COOP

“…Com a apreciação dos documentários, seguindo as etapas sugeridas por Flick ( 2004), e orientações de Minayo (1992Minayo ( , 1998 (Biolchi et al, 2021).…”

“…Com as narrativas dos membros cooperativistas pode-se observar a (re) inserção social dos membros, atenção ao futuro, bem como ênfase à cultura de cooperação, acesso à moradia, familiaridade, superação do desemprego e sentimento de pertença quanto as propriedades dos membros. Ou seja, as cooperativas devem trabalhar para o desenvolvimento das comunidades por meio de políticas tecidas e apoiadas por seus membros (OCB, 2014), e, ainda, permeia pelo interesse comunitário o pensamento coletivo dos membros, garantindo a participação não só dos cooperados, mas, também, de toda a comunidade em torno da cooperativa (Biolchi et al, 2021).…”

“…Nesse processo, há ampliação do (re) conhecimento dos seus direitos, com base em educação inclusiva, referência à igualdade de gênero, que potencializem as relações voluntárias interpessoais e interculturais. Com isso, o processo inovativo na busca de soluções às problemáticas emerge do diálogo coletivo, em respeito ao compartilhamento intergeracional, posto preocupação com continuidade das cooperativas pelos jovens, considerando interesse e compreensão sobre a cultura organizacional, apoiados em princípios e valores, como, também, garantem ferramentas adequadas e competências técnico-profissionais (Martínez, 2005), pressupondo, também, na manutenção e estabilidade do vínculo cooperativo de seus membros (Meira, 2020;Biolchi et al, 2021). Com a intercooperação, as organizações cooperativas e membros trocam ideias, estratégias e experiências, consolidando a importância do trabalho em conjunto e da integração em variados (Mozzato & Golo, 2011;Balestrin & Verschoore, 2008).…”