Oviposition site selection in a complex and variable environment: the role of habitat quality and conspecific cues

Abstract

In many organisms reproductive success is strongly dependent on several breeding site characteristics, which often vary in space and time. Although we have a good understanding of how ovipositing organisms respond to single factors, we still have little information about how they respond under more complex natural conditions. We examined the oviposition behavior of a tree-hole breeding frog, Phrynobatrachus guineensis, with respect to abiotic and biotic oviposition site characteristics, including desiccation risk and the presence of conspecific offspring using both observation and experiments. Based on daily monitoring data, compiled from 69 natural oviposition sites during a complete reproductive season, we developed oviposition site-selection models. A model based on water presence, sediment depth and maximal possible water depth showed the best predictive performance and was transferable to the subsequent season. Field observations and experiments revealed that frogs could estimate water-holding capacity of sites and timed oviposition with respect to future water presence. Despite the negative effects on larval growth and the availability of sites without conspecifics, data suggest that ovipositing individuals are attracted to conspecific offspring because they serve as a cue for low predation risk. Our results imply that a site's potential for being used at least once for oviposition was determined by abiotic factors, whereas the relative use of breeding sites was determined by a response to conspecifics. Our study demonstrates the importance of including multiple biotic and abiotic factors in the analysis of oviposition site-selection.

Seleção de sítios de oviposição em anuros (Lissamphibia)

“…Em geral, os estudos têm demonstrado que fêmeas de diversas espécies de anuros de diferentes grupos selecionam sítios de oviposição mais favoráveis à sobrevivência e desenvolvimento de seus ovos e girinos (e.g., Skelly 2001, Binckley & Resetarits-Jr. 2002, 2003, Murphy 2003a, b, Rieger et al 2004, Rudolf & Rödel 2005, Goldberg et al 2006, Halloy 2006, Haramura 2008. Dentre aproximadamente 35 estudos de caso publicados envolvendo 24 espécies, apenas em Rana temporaria Linnaeus, 1758 (Ranidae), a fêmea parece não ser seletiva em relação à presença de predadores de seus girinos (e.g., larvas de insetos, peixes) (Laurila & Aho 1997, Laurila 1998.…”

“…Os autores interpretaram a seleção como comportamentos deliberados de preferência ou evitação de determinadas condições no sentido de favorecer o sucesso reprodutivo individual. A escolha depende da abundância e qualidade relativa dos sítios, da capacidade de discriminação das fêmeas e da competição entre elas por locais de postura (Binckley & Resetarits Jr. 2003, Murphy 2003a, Rudolf & Rödel 2005. No geral, as fêmeas parecem reconhecer e discriminar diferenças sutis entre micro-ambientes similares (e.g., Kam et al 1996 Neotrop., vol.…”

“…Portanto, a seleção de sítios de oviposição em P. guineensis envolve um balanço entre fatores abióticos e bióticos. A estabilidade hídrica define inicialmente sítios propícios à oviposição, enquanto que a presença de coespecí-ficos explica as diferenças na freqüência de uso dentre esses sítios inicialmente favoráveis (Rudolf & Rödel 2005).…”

“…Os anuros têm sido amplamente utilizados como modelo em estudos sobre seleção de sítios de oviposição (e.g., Skelly 2001, Binckley & Resetarits-Jr. 2002, 2003, Murphy 2003a, b, Rieger et al 2004, Rudolf & Rödel 2005, Goldberg et al 2006, Halloy 2006, Haramura 2008, Lin & Kam 2008. Eles constituem bons modelos nesse tema porque apresentam modos reprodutivos variados, reproduzem-se em hábitats diversos, são relativamente conspícuos devido à vocalização, concentram-se em pequenas áreas no período reprodutivo, desovam em locais espacialmente definidos (e.g., poças) e a maioria possui uma fase larval que se desenvolve nas condições definidas pelos adultos (Duellman & Trueb 1994, Murphy 2003a, Marsh & Borrell 2001, Rudolf & Rödel 2005.…”

“…Eles constituem bons modelos nesse tema porque apresentam modos reprodutivos variados, reproduzem-se em hábitats diversos, são relativamente conspícuos devido à vocalização, concentram-se em pequenas áreas no período reprodutivo, desovam em locais espacialmente definidos (e.g., poças) e a maioria possui uma fase larval que se desenvolve nas condições definidas pelos adultos (Duellman & Trueb 1994, Murphy 2003a, Marsh & Borrell 2001, Rudolf & Rödel 2005.…”