No Brasil, o câncer prostático é uma doença com elevada incidência e prevalência na população, causando grande sofrimento para indivíduos, familiares e onerando o sistema de saúde pública do país, e com o envelhecimento esperado da população, a incidência tende a aumentar nos próximos anos. Atualmente, com métodos diagnósticos mais precisos e com a população mais atenta à sua saúde, o diagnóstico da doença ocorre em estágios mais precoces de seu desenvolvimento, quando a doença ainda está localizada. Nesse contexto, as terapias recomendadas são a prostatectomia radical ou a radioterapia. Esses métodos terapêuticos demonstraram ser efetivos no controle da doença, porém, lesões iatrogênicas em regiões próximas às células tumorais, ocasionam efeitos colaterais irreversíveis, como a disfunção erétil, o que prejudica a qualidade de vida dos pacientes submetidos a esses procedimentos, o que gera um maior estigma com o tratamento. Com o intuito de minimizar os efeitos adversos do tratamento, novas técnicas terapêuticas surgiram, entre elas a eletroporação irreversível, a qual utiliza sondas posicionadas diretamente no tumor, que liberam pulsos repetidos de eletricidade de até 3.000 volts, restritos ao campo delimitado pelas sondas, ocasionando a morte celular por apoptose e preservando estruturas adjacentes.