Resumo: Introdução: Condições adversas de trabalho são inerentes ao serviço policial e podem ter impacto negativo na saúde física e mental desses profissionais, interferindo também em sua prática laboral. Objetivo: Analisar a percepção das condições de trabalho e o estresse ocupacional em policiais civis e militares de Unidades de Operações Especiais de Santa Catarina. Método: Participaram do estudo 84 policiais civis e militares, do sexo masculino, com média de idade de 34,68 (DP = 6,00) anos, atuantes em Unidades de Operações Especiais (BOPE, COPE, SAER, BAPM). Foram coletadas informações sobre a percepção das condições de trabalho, por meio do questionário intitulado Perfil de Ambiente e Condições de Trabalho, e sobre o estresse ocupacional, por meio da Job Stress Scale. Resultados: A percepção das condições de trabalho, em relação ao escore geral, foi de 24,12 pontos, sendo o ambiente social (6,92 pontos) o componente que apresentou maior escore e a remuneração e benefícios (4,50 pontos), o menor escore. Quanto ao estresse ocupacional, mais da metade dos policiais identificou seu trabalho como de baixa demanda, baixo controle e baixo apoio social. Ainda, quase metade (45,2%) deles teve seu trabalho classificado como ativo. Observou-se correlação negativa entre as condições de trabalho e o estresse ocupacional. Conclusão: Os policiais civis e militares apresentaram percepção regular de suas condições de trabalho, de modo geral, e percepção mais negativa em relação à remuneração e benefícios e ao ambiente físico. Um em cada quatro policiais apresentou trabalho passivo e de alto desgaste, considerados de maior risco para adoecimento.