Percepção discente sobre a qualidade das práticas educativas em cenário de simulação na graduação médica

Abstract

BACKGROUND: Educational practices involve essential principles for the learning segment in the most varied teaching strategies, with realistic simulation being an important strategy that can be used in the curriculum matrix, enriching the teaching-learning system and expanding the skills and competences of students. However, the use of new teaching strategies requires constant assessments as to their acceptance, applicability and effectiveness, both as a teacher and as a student. Objectives: Assess the student's perception of the ability of a strategy developed in a simulation scenario, being able to promote active learning; encourage collaborative work; offer different ways of learning and applying knowledge and conducting a reflection/evaluation on your learning. METHOD: Descriptive and cross-sectional study with 110 students of the 5th semester of the Medicine course at a Medical School in Salvador-Bahia between February and June 2019, in which simulations of patient care were performed in Clinical Medicine, in the Dementia scenario, with the use of actors, with whom the students could interact. A student was drawn, or a volunteer emerged, to participate directly in the simulated attendance, while the non-drawn ones observed and made considerations after the simulation. The selected student performed patient care individually depending on the scenario presented, performing anamnesis and communication. At the end of the simulation scenario, each student answered the instrument only once “Educational Practices Questionnaire (student version)”, which was developed by other researchers and validated in Portuguese to assess the best practices used in the simulation scenario, consisting of 16 items, with two subscales (one related to educational practices and the other the importance attributed to the item), being separated into four thematic blocks: active learning; collaboration; different ways of learning; and high expectations (both teacher and student must be motivated to teach and learn). The response model is a 5-point Likert type, with the option of “not applicable” when the statement does not concern the simulated practice performed. RESULTS: A total of 91 questionnaires out of the 110 answered were considered valid and analyzed. For each thematic block, a high percentage was observed for the Frequency of agreement, varying from 94.4% for the thematic block "High expectations" to 61.5% for "Collaboration"; the frequency of disagreement was relatively low, ranging from 20.1% for “Collaboration” to no frequency for “High expectations”. A high percentage was observed for the Frequency of Importance, ranging from 98.9% for the thematic blocks "High expectations" and "Different ways of learning" to 88.4% for "Collaboration"; the Frequency of Non-Importance was relatively low, varying from 2.1% for “Collaboration” to no frequency in “Active learning” and “High expectations”. CONCLUSION: This study showed that simulation becomes a viable possibility to assist the student's preparation, because they realize that the simulation is based on good educational practices and is also considered important for learning and teamwork.

Simulação de alta fidelidade para a posvenção do suicídio: construção, validação e avaliação de cenário

“…Esses achados dialogam com os resultados de estudos anteriores que realizaram a avaliação de cenários simulados na área da saúde, mas com abordagens distintas que não se relacionaram com as temáticas de suicídio ou o luto (ALMEIDA et al, 2016a;ALMEIDA et al, 2016b;ALMEIDA et al, 2021;SANTOS et al, 2021;REIS et al, 2020).…”

“…Entretanto, a dimensão de Satisfação apresentou média superior e menor desvio-padrão em relação à da Autoconfiança. Esses achados são compatíveis com a literatura científica, visto que o desenvolvimento da simulação clínica tem sido associado com questões de satisfação e autoconfiança com a aprendizagem para o participante, especialmente em casos de uso de pacientes simulados (COSTA et al, 2020;FRANZON et al, 2020;REIS et al, 2020;SANTOS et al, 2021).…”

“…. A compreensão dos objetivos e informações presentes na simulação por parte dos participantes proporciona maior entendimento frente à vivência da situação-problema do caso clínico, bem como de todas as etapas da simulação, o que oportuniza melhores avaliações frente à autoconfiança e satisfação na aprendizagem (COSTA et al, 2020;FRANZON et al, 2020;REIS et al, 2020;SANTOS et al, 2021).…”

“…Estudos recentes relacionados à simulação clínica também realizaram a avaliação de cenários simulados por meio de atividades de formação propostas em cursos, aspecto esse visto como uma possibilidade para a aproximação do público-alvo com o cenário (REIS et al, 2020;SANTOS et al, 2021). Não foram encontrados na literatura achados específicos sobre o desenvolvimento dos cursos relacionados à avaliação da simulação clínica, incluindo uma avaliação mais ampla das atividades realizadas, questão essa que pode ser explorada para obtenção de retornos referentes à vivência dos participantes, principalmente com foco na área da saúde mental.…”

“…Estudos que demonstram resultados positivos relacionados às dimensões de satisfação e autoconfiança podem fornecer subsídios e justificar a utilização da simulação em mais cenários de aprendizagem, incluindo na área de saúde mental(ALMEIDA et al, 2015b;MESKA et al, 2018). do cenário com foco no alcance dos objetivos e resultados esperados (BERGAMASCO; MURAKAMI;CRUZ, 2018;SANTOS et al, 2021).À autoconfiança é considerada "[...] a convicção de que a pessoa tem de ser capaz de fazer ou realizar algo; refere-se à competência pessoal do indivíduo em atingir seus próprios atividade simulada é elencada como um dos critérios necessários para o desenvolvimento de uma simulação clínica, por isso, deve ser realizada por um profissional preparado, que apresente as habilidades suficientes para o suporte e condução das atividades com foco nos objetivos e resultados esperados(INACSL STANDARDS COMMITTEE et al, 2021e). Apesar da autoconfiança se relacionar diretamente com questões e convicções do participante, o facilitador apresenta papel significativo, sendo essa uma troca que beneficia e engaja a construção de conhecimentos, atitudes e habilidades de forma conjunta entre os envolvidos na aprendizagem(COSTA et al, 2020;INACSL STANDARDS COMMITTEE et al, 2021e).Em relação aos testes de associação, o escore total da dimensão Satisfação com a Aprendizagem Atual apresentou redução relativa de 51,65% nos casos em que os participantes da simulação apresentaram dificuldades de acesso à Internet.…”