Perfil de pacientes idosos com covid-19 no Brasil

Abstract

RESUMOEsta pesquisa tem como objetivo caracterizar o perfil clínico de pacientes idosos com COVID-19 no Brasil, buscando contribuir para a construção do conhecimento científico e melhoria no desempenho da assistência em saúde, beneficiando consequentemente a população idosa assistida. Com a chegada do novo coronavírus, o mundo inteiro precisou se reorganizar para lidar com o avanço desenfreado do número de casos. No Brasil, desde o início da pandemia, foram detectados inúmeros casos de idosos infectados. Isso se deve principalmente às características específicas da população, como o aumento da vulnerabilidade a doenças infectocontagiosas, mas também às características clínicas da infecção, considerando que são semelhantes àquelas causadas por outros vírus respiratórios e podem acabar sendo confundidas com uma gripe ou resfriado. Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura. Através da pesquisa, foi identificado que os estudos abordaram principalmente sobre as características clínicas e fatores de risco para infecção em idosos, mas nota-se que dentro das temáticas, também foi abordado sobre a incidência, taxas de mortalidade, e características sociodemográficas dessa população. De maneira geral, percebe-se que os estudos evidenciaram que a população idosa acometida pelo COVID-19, é mais suscetível à evolução de casos graves. É importante considerar que na maioria dos estudos, os idosos não tinham boas condições de saúde e estavam expostos a situações de alto risco e mortalidade, como é o caso dos desabrigados, presidiários e sem acesso a saúde. Em relação às comorbidades em pacientes infectados, mostrou-se de forma variada, apesar da maioria dos estudos mostrarem maior frequência de pacientes com hipertensão, doenças pulmonares e cardíacas crônicas. Tais constatações trazem à tona a necessidade de se intensificar os cuidados direcionados a essa população, pois diferente da população jovem, idosos com baixo acesso a saúde e poucas condições de vida, tornam-se mais suscetíveis não só a COVID-19, mas a vários tipos de doenças.