Introdução: A atenção à mulher no ciclo gravídico-puerperal resulta na redução dos níveis de morbimortalidade materna e infantil e traduz a qualidade de vida de uma sociedade, devendo ser prioridade das políticas de saúde. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e obstétrico de gestantes admitidas para o parto em maternidade de alto risco, para identificar fatores de risco associados. Metodologia: Pesquisa descritiva, quantitativa, transversal, com dados secundários de 2016 a 2018. Análise descritiva ajustada pelo teste qui-quadrado, considerando p < 0,05. Resultados: Foram analisadas 11.704 mulheres. O perfil majoritário das pacientes foi: idades extremas (22,6%); baixa escolaridade (41,1%); 74,3% casadas/em união estável; provenientes do interior (53,4%); maioria do lar; primíparas. Percebeu-se: gestações prematuras (31,1%); 42,1% realizaram no máximo 6 consultas de pré-natal; e 62% de parto cesariano. Idade menor de 18 anos predominou em mulheres oriundas do interior. Houve associação entre baixa escolaridade com maior número de consultas de pré-natal, multiparidade e parto vaginal. Conclusões: Trata-se de um estudo pioneiro acerca do perfil epidemiológico deste serviço, contribuindo para o cuidado materno-infantil.