Objetivo: Investigar as relações entre a condição de ser uma pessoa com esquizofrenia e a autoestima. Método: Trata-se de estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com 12 pessoas portadoras de esquizofrenia, com vínculo em um Centro de Atenção Psicossocial de cidade do centro-oeste do estado de São Paulo. A coleta de dados se deu no decorrer dos meses de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, com utilização de instrumento semiestruturado, elaborado pelos autores e aplicação da Escala de Autoestima de Rosenberg. Os dados foram analisados por meio da ANOVA 1 fator, Teste de Qui-quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: O nível geral de autoestima foi de 26,42, com pontuações mínima e máxima de 23 e 29, e desvio padrão de 1,676. Observou-se que não há diferença estatisticamente significante entre as médias dos grupos. Quando classificados por categorias (autoestima baixa, autoestima regular e autoestima elevada), não houveram pessoas classificadas em autoestima elevada. Para as variáveis presença de filhos, existência de familiar com esquizofrenia, existência de outro transtorno mental e uso de álcool, tabaco e outras substâncias evidenciou-se comportamento de similaridade (p=1,000). Considerações finais: A autoestima está diretamente relacionada a um processo de estigmatização. O indivíduo portador de transtorno mental cria um ciclo vicioso de exclusão social e discriminação, constituindo uma enorme barreira para a qualidade de vida.