Perfil Parasitológico do Cheiro Verde Comercializado em Feiras Livres de Imperatriz-MA

Abstract

Disponível em http://periodicos.unifap.br/index.php/biota Submetido em 05 de Agosto de 2015 / Aceito em 27 de Abril de 2016 NOTA CIENTÍFICA Biota Amazônia ISSN 2179-5746 RESUMO. O presente estudo objetivou investigar a existência de parasitas no cheiro verde, composto por cebolinha (Allium sp.) e coentro (Coriandrum sativum), comercializado nas feiras livres da cidade de Imperatriz/MA. Para tal fim, utilizou-se o método HPJ ou método de Lutz, que consiste na sedimentação espontânea de partículas dispersas em líquido e visualização do sedimento em microscópio óptico. Os resultados apontaram a contaminação de quase a totalidade das amostras, constatando-se presença de Entamoeba coli, Entamoeba histolytica, Iodamoeba bustchilli, Endolimax nana, Blastocystis hominis, Balantidium coli, Hymenolepis sp., Ascaris lumbricoides, Trichostrongylus sp., Toxocara sp., Enterobius vermiculares, Strongyloides sp., ancilostomídeos e coccídeos, além de organismos não parasitários que, no entanto, indicam contaminação. Concluiu-se que o cheiro verde comercializado nas feiras livres de Imperatriz encontra-se em precárias condições higiênicas e sanitárias, tornando-se impróprio para o consumo in natura.

Qualidade microbiológica da cebolinha (Allium schoenoprasum L.) produzida em hortas comunitárias de Teresina-PI

“…De acordo com Silva 17 , o grau de contaminação em uma hortaliça pode sofrer influência de sua estrutura, sendo que, as que contêm folhas múltiplas e, por consequência, grande área de contato, são mais susceptíveis à contaminação. A cebolinha é uma aliácea, suas folhas são cilíndricas, inteiras, basais, com pelos simples 18 , tais características propiciam menor superfície de contato para aderência de micro-organismos em suas folhas.…”

Prevalência de estruturas parasitárias de protozoários e de helmintos em hortaliças comercializadas em barracas de rua no município de Crato–CE, Brasil

“…A considerável contaminação parasitária das hortaliças comercializadas em bancas de rua em Crato-CE, descrita no presente estudo, revelam condições comuns a muitas outras regiões do país, como relatadas em diversos estudos similares 11,27,28,3,29,30,31 . O risco de contaminação humana pelo consumo das hortaliças depende, entre outros fatores, da frequência com que os cistos e oocisos de protozoários, ovos e larvas de helmintos aparecem nesses vegetais 32 .…”

“…São parasitos de animais domésticos e do homem, responsáveis por enfermidades como ancilostomíase e estrongiloidíase, respectivamente, sendo que apenas as larvas filarioides desses helmintos são infectantes 46,47,15 . Estes organismos são comuns neste tipo de estudo tanto que foram identificados em trabalhos semelhantes, a exemplo de Cantos et al 27 em Florianópolis-SC; Esteves e Figueirôa 40 em Caruaru-PE, Carvalho et al48 em Crato-CE e Oliveira et al31 em Imperatriz-MA. A contaminação por Strongyloides stercoralis pode ser oriundo do solo de cultivo contaminado, assim como por as larvas ancilostomídeos, porém a presença de ovos desse último indica contaminação por material fecal e pode ter origem no esterco bovino usado na adubação.…”

“…Ascaris lumbricoides L. é um parasito do homem, no entanto, acredita-se também que pode infectar porcos e embora a maioria dos casos sejam assintomáticos, casos de reinfecções sucessivas sem tratamento podem causar obstrução intestinal e levar a morte56,57 . As hortaliças, como demonstrado neste trabalho e em estudos realizados por Menezes et al58 em Belo Horizonte-MG e Oliveira et al31 em Imperatriz-MA a frequência desses parasitas foram as menores em relação aos demais identificados. É importante aludir que os ancilostomídeos e Ascaris lumbricoides são geohelmintos onde os mesmos necessitam passar parte de seu ciclo vida no solo.…”

Avaliação parasitológica e microbiológica de Lactuca sativa Linnaeus comercializadas em município do nordeste brasileiro

“…A feira livre é uma ocupação comercial, executada em espaço público com instalações temporárias e de remoção, entretanto, a forma de exposição dos hortifrútis neste local, em bancadas feitas de madeira ou quando expostas em lonas no chão, gera risco para contaminação. Além disso, a contaminação ocorre também pela ausência na higiene de quem manipula os alimentos (Oliveira et al, 2016).…”