Potencial Biotecnológico De Microrganismos Do Solo Na Olivicultura Do Brasil: Uma Revisão

Abstract

A olivicultura foi introduzida no Brasil por volta do século XIX, em algumas regiões com condições ambientais propícias, como Sul e Sudeste. Porém, o cultivo não prosperou por falta de estudos relacionados às exigências de solo, clima e outros fatores que afetam diretamente a produtividade desta cultura. Assim, pela baixa produção comercial, o país necessita importar todo azeite de oliva e azeitona de países tradicionalmente produtores. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os trabalhos que abordam desenvolvimento e produção de oliveiras, com enfoque no Brasil, enfatizando aqueles que envolvem aspectos relacionados às interações com microrganismos, como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e rizobactérias, grupos esses de reconhecido efeito no crescimento e desenvolvimento de plantas. Verificou-se que vários estudos têm sido realizados no exterior abordando FMAs e rizobactérias em oliveiras, com resultados expressivos no que se referem ao crescimento e desenvolvimento de plantas coinoculadas, além de melhorias de resistência a metais pesados e fitopatógenos, tanto em condições de viveiro quanto em campo. No entanto, no Brasil, apesar de grande potencial de cultivo de oliveira, principalmente em função de sua extensão territorial e riqueza climática e biológica, poucos estudos têm sido conduzidos abordando essas relações microbiológicas, o que podem dificultar o entendimento e o crescimento da olivicultura no país.

Efeito da trealose na manutenção da viabilidade de células de leveduras desidratadas pelo processo de liofilização

“…Esta técnica é recomendada para fungos e bactérias esporuladas, os quais são mais resistentes à desidratação (Kirsop, 1984 (Costa & Ferreira, 1991 (Costa & Ferreira, 1991).…”

“…Deve-se dar preferência à estocagem a baixas temperaturas e sempre na ausência de luz para se evitar a quebra da estabilidade do liófilo (Costa & Ferreira, 1991). Kirsop (1984) recomenda a estocagem das ampolas liofilizadas a 4°C, urna vez que temperaturas elevadas degradam rapidamente o produto, ou seja, levam à perda da estabilidade do liófilo.…”

“…Por último, o teor nutricional, a osmolaridade e a temperatura do fluido de reconstituição são decisivos na recuperação da injúria celular (Costa & Ferreira, 1991).…”

“…A liofilização apresenta a vantagem de permitir a estocagem por longo tempo, possui menor risco de contaminação e não requer manipulação adicional. Por outro lado, demanda um alto custo e possui pontos críticosjá enunciados anteriormente (Costa & Ferreira, 1991).…”

“…Outra variação do método, segundo Costa & Ferreira (1991), constitui-se no chamado blocos de ágar sob água, que inocula o microrganismo em ágar apropriado, sendo que após crescimento vigoroso deve ser cortado em blocos e alguns cubos transferidos assepticamente para tubos contendo água esterilizada e assim estocados. Sua aplicação está restrita a microrganismos que tenham grande aderência ao ágar, como fungos e algumas leveduras.…”