Princípios Educativos Comuns E Transcendentes Em Movimentos Sociais De Trabalhadores: Owenistas, Cartistas Britânicos E Movimento Dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Abstract

Neste texto apresentam-se resultados de pesquisa documental e bibliográfica cuja finalidade foi a de analisar os projetos educativos dos owenistas, dos cartistas britânicos e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil. O principal objetivo do estudo foi verificar se há proposições educacionais transcendentes e comuns entre esses movimentos sociais. Verificou-se que há princípios comuns, tais como: a) elaboração e implantação de um projeto próprio de educação; b) crítica e/ou negação do ensino oficial estatal; c) implementação da gestão democrática nas associações e escolas dos movimentos; d) formação dos próprios educadores; e) articulação entre ensino e trabalho produtivo. Os princípios integram os projetos educacionais dos movimentos estudados, contribuem para a formação técnico-científica dos seus membros e para veiculação de uma concepção de mundo concernente à classe trabalhadora.

Los otros cuentos: relatos del Subcomandante Insurgente Marcos

“…O autor das obras em tela neste texto, Subcomandante Insurgente Marcos, pertence ao Zapatismo, um movimento antissistêmico composto majoritariamente por indígenas camponeses e que se tornou internacionalmente conhecido em 1994, quando do Levante Zapatista, uma insurreição armada levada a termo no primeiro dia desse ano em diferentes municípios de Chiapas, unidade federativa do México situada na fronteira com a Guatemala (AGUIRRE ROJAS, 2012, SILVA, 2019. Nesse histórico ato, o Movimento tornou pública a Primeira Declaração da Selva Lacandona, na qual, além das motivações desse levante, os zapatistas apresentaram as suas demandas, que atualmente são: trabalho, terra, moradia, alimentação, saúde, educação, independência, liberdade, democracia, justiça, paz, cultura e informação (EZLN, 1994a, SILVA, 2019.…”

“…Os contos dos audiolivros são narrados por personalidades com posicionamentos sociais contra-hegemônicos, simpatizantes/apoiadoras do Zapatismo ou aderentes à Sexta Declaração da Selva Lacandona, um dos principais documentosde abrangência nacional e internacional do Zapatismo (SILVA, 2019). Alguns contos são narrados pelo próprio autor, ou seja, o Subcomandante Insurgente Marcos.…”

“…Isso se aplica também ao Congreso Nacional Indígena (CNI) e ao Concejo Indígena de Gobierno (CIG), ambos situados em território mexicano e que se configuram como duas conquistas históricas em termos de união de povos indígenas no México (SILVA, 2019). Ressaltase, também, que por intermédio da Sexta Declaração da Selva Lacandonae da Comissão Sexta do EZLN, o Zapatismo, para além de povos indígenas, une ou aproxima pessoas e organizações da sociedade civil de diferentes países e continentes, em torno de pautas antissistêmicas comuns (MARTÍNEZ GONZÁLES, 2018, SILVA, 2019.…”

“…A pertinência deste estudo deve-se principalmente aos temas e sujeitos implicados nessas obras. Destaca-se a relevância das temáticas educação e Direitos Humanos (CARDOSO, 2013, KLEIN;TORRES;GALINDO, 2019), (auto)educação e movimentos sociais (LOUREIRO, 2019,SILVA;DAL RI, 2019), bem como Zapatismo e Direitos Humanos (JIMÉNEZ RAMÍREZ, 2000,SANTOS, 2008, SOLANO, 2014, VELASCO YÁÑES, 2005.…”

“…3 Neste texto, em consonância com seus documentos, esse Movimento é apresentado como Zapatismo ou Zapatista. No entanto, alguns autores, como, por exemplo, Aguirre Rojas (2017), fazem menção a ele como Neozapatismo ou Neozapatista, visando, com essas terminologias, a distinção entre o Zapatismo contemporâneo e o Zapatismo primevo, do início do século XX, que teve entre as suas principais referências Emiliano Zapata (SILVA, 2019).…”