Foram utilizados quatro cavalos castrados, por meio de delineamento em blocos casualizados. Objetivou-se viabilizar a obtenção in vitro das fibras indigestíveis, FDNi e FDAi, mediante a utilização, como inóculos, de líquido ruminal (LR) e fezes equina (FE), para estimar o coeficiente de digestibilidade nutrientes (CDN) de cavalos. Os tratamentos foram constituídos pelo método direto com a coleta total de fezes (CT) e indireto pelo uso das FDNi e FDAi obtidas por meio dos inóculos, LR e FE. Desta forma, no primeiro ensaio os equinos consumiram exclusivamente feno de coast-cross, e para o ensaio 2 os animais receberam 70% de feno de coast-cross e 30% de grãos de milho. Para o ensaio 1, a FDAi-FE, promoveu a melhor taxa de recuperação (TR) do indicador, o que a igualou ao grupo controle (CT), em 103,67%, enquanto que as FDNi-LR e FDAi-LR resultaram as piores taxa de 83,43 e 88,28%, respectivamente. As estimativas dos CDN foram adequadamente preditos pelas FDNi-FE e FDAi-FE. No ensaio 2 não se verificou efeito significativo do tipo de indicador e do método de obtenção na TR do indicador (valor médio de 101%). As estimativas dos CDN foram adequadamente preditos pela FDAi, obtida por meio de ambos inóculos e FDNi, com o uso de fezes equina, para equinos alimentados com dieta mista. Concluiu-se que as fezes equina podem ser usadas como inóculo na obtenção das FDNi e FDAi, in vitro, em equinos alimentados exclusivamente com feno de coast-cross e na predição da digestibilidade de nutrientes, para cavalos que consomem dieta mista.