Projeto terapêutico singular como ferramenta de abordagem familiar durante a visita domiciliar

Abstract

O Projeto Terapêutico Singular (PTS), principal ferramenta de trabalho da Estratégia Saúde da Família (ESF) na Atenção Básica à Saúde, possibilita a integralidade do cuidado. O objetivo do artigo foi de descrever as etapas que constituíram a construção de um PTS em conjunto com o paciente e sua rede de apoio no cenário de prática em uma comunidade em Duque de Caxias, RJ, possibilitando retratar a importância dessa ferramenta de abordagem familiar durante a Visita Domiciliar. Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Unigranrio Afya. A construção do PTS favoreceu a elaboração em conjunto do plano terapêutico e, consequentemente, do fortalecimento de vínculo, visto que o projeto foi feito pelos acadêmicos, seus docentes, a Agente Comunitária de Saúde (ACS) da Unidade Básica de Saúde (UBS) local, o paciente e sua rede de apoio. Assim, a experiência possibilitou um enriquecimento teórico-prático para formação pessoal e profissional além de uma visão ampliada da dinâmica familiar e do processo de adoecimento, favorecendo, portanto, a gestão do cuidado.

Implantação do Plano Terapêutico Singular na Atenção Básica: Fortalezas e possíveis obstáculos

“…A primeira etapa, definida como diagnóstico, é marcada pela escuta qualificada, acolhimento e coleta aprofundada dos dados subjetivos do sujeito. Busca identificar e compreender o modo de pensar, sentir e agir de cada indivíduo (Napoleão et al, 2023). Muitas fragilidades e dificuldades na assistência podem ser reduzidas e solucionadas com a estruturação e programação das condutas a serem tomadas pela equipe, cabendo ao profissional priorizar a criação de confiança e o compartilhamento de ideias com o usuário em cada uma delas.…”

Visitas domiciliares aos serviços residenciais terapêuticos: cotidiano dos enfermeiros da estratégia de saúde da família

“…Por meio da VD os profissionais que atuam na ESF viabilizam um cuidado individualizado, integral e continuo, oportunizando uma prática de assistência pautada no contexto social encontrado, rompendo com a desassistência àqueles que não possuem acesso à saúde, identificando vulnerabilidades impedidoras de melhor qualidade de vida (Rocha et al, 2022;Napoleão et al, 2023).…”