Introdução: as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) representam um problema de saúde pública global, sendo que são responsáveis por efeitos diretos sobre a saúde reprodutiva e infantil, ocasionando consequências como infertilidade e complicações na gestação e no parto, morte fetal e diversos agravos à saúde da criança.
Objetivo: avaliar os indicadores de resultado relacionados à sífilis adquirida no quadriênio 2016-2019, em uma capital do sudeste brasileiro.
Método: estudo de avaliação para a gestão, descritivo, de abordagem quantitativa, que avaliou os indicadores de resultado “realização de tratamento adequado para a sífilis na população geral” e “monitoramento da sífilis adquirida”. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), referentes ao período de 1.º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2019. As informações referentes ao tratamento e monitoramento dos casos de sífilis congênita ocorreram mediante busca em prontuário eletrônico, no período de 1.º de agosto de 2020 a 31 de março de 2021.
Resultados: o município de Vitória teve 2.647 casos de sífilis adquirida, pelo critério ano de diagnóstico. Quanto à variável sexo, notificaram-se 1.641 homens (61,99%) e 1.006 mulheres (38,01%). A faixa etária predominante foi de 20 a 29 anos, e a raça/cor de maior frequência, f a parda. O nível de escolaridade mais frequente foi médio completo. O teste não treponêmico foi realizado em 84,93% dos casos e o treponêmico 47,22%. Com relação ao indicador “oferta de tratamento adequado para a sífilis”, constatou-se que o percentual de tratamento adequado, dentre os casos da rede SEMUS, foi de 90,08%, no total do quadriênio: 87,25% em 2016; 85,27% em 2017; 91,79 em 2018; e 94,23% em 2019. Referente ao indicador “monitoramento dos casos de sífilis na população geral”, verificou-se que o percentual de monitoramento adequado, dentre os casos da rede SEMUS, foi de 35,72% no total do quadriênio: 33,33% em 2016; 36,83% em 2017; 34,53% em 2018; e 38,20% em 2019.
Conclusão: Os indicadores de resultado avaliados em Vitória, no quadriênio 2016-2019, foram: percentual de tratamento adequado (90,08%) e percentual de monitoramento adequado (35,72%).