Qualidade De Vida De Idosos Com Insuficiência Cardíaca

Abstract

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de idosos com diagnóstico de insuficiência cardíaca acompanhados no ambulatório de um hospital universitário em Salvador, Estado da Bahia, Brasil. Material e Método: Estudo avaliativo, realizado com 68 idosos portadores de insuficiência cardíaca. Os dados foram coletados a partir das escalas WHOQOL-OLD e BREF, e analisados por meio da estatística descritiva. Resultados: Houve equivalência entre os sexos dos participantes, a maioria (64,7%) tinha entre 60 e 69 anos, 86,8% aposentados, 83,8% ensino fundamental, 92,6% renda de 1 a 3 salários mínimos, 82,3% moravam com 1 ou mais pessoas e 72,1% eram provedores exclusivos do lar. Os fatores relacionados aos domínios Físico (83,8%) e Meio Ambiente (86,8%) influenciaram para uma pior qualidade de vida (média 1,96 e 1,76 de 5 respectivamente), e os relacionados ao Funcionamento do Sensório (51,5%) e Morte e Morrer (47,1%) à melhor qualidade de vida (média 2,43 e 2,28 de 5 respectivamente). Conclusão: A qualidade de vida desses idosos está aquém do ideal. A manutenção dos impactos das doenças cardíacas e o incremento no envelhecimento em âmbito global torna essencial o conhecimento proporcionado pelo estudo para desenvolvimento de estratégias de controle da doença, melhoramento da qualidade de vida e redução de gastos com a saúde.

Correlação entre autocuidado e apoio social em pessoas com insuficiência cardíaca

“…Em face do exposto, a presença de uma rede de apoio social é considerada um aspecto imprescindível para a manutenção do tratamento em pessoas acometidas por IC (9)(10)(11) , haja vista que abrange a integração do suporte emocional, financeiro, instrumental e afetivo que as pessoas ou instituições podem oferecer, com destaque principal para o convívio familiar e os círculos de relacionamentos (11) . Essa rede deve contar também com a participação de profissionais e/ou serviços de saúde, com destaque para enfermagem, que são a base para promoção de cuidados assistenciais visando à manutenção da saúde e à assistência continuada (9) .…”

“…Os enlaçamentos e vínculos de uma rede de apoio produzem e sustentam benefícios sobre a saúde das pessoas, pois constituem ferramentas importantes na capacidade de enfrentamento e adaptação do paciente. Isso gera impacto em todos os indivíduos envolvidos, promovendo a proteção em momentos difíceis e auxiliando na promoção de bem-estar e saúde, o que resulta em comportamentos positivos da pessoa frente à doença (9)(10)(11) . Diante desse contexto, torna-se indispensável a atuação dos profissionais da saúde na orientação e no acompanhamento dos pacientes com IC, como participantes dessa rede de apoio, de modo a impulsionar o manejo do cuidado na rede domiciliar (12) .…”