Qualidade do sono de pacientes em acompanhamento no ambulatório de geriatria

Abstract

Com o processo de envelhecimento populacional no Brasil, problemas relacionados a saúde do idoso vem ganhando importância no consultório médico. Sendo uma das principais queixas desse paciente aquelas relacionadas ao sono, pois ocorrem alterações fisiológicas do ciclo sono e vigília na senescência, as quais podem ou não estar acompanhadas de patologias do sono. Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade do sono dos pacientes em acompanhamento no ambulatório de Saúde do Idoso no Centro de Especialidades Médicas do CESUPA (CEMEC). Tendo sido realizada uma pesquisa de abordagem quantitativa que foi executada em nível ambulatorial dentro de uma instituição de ensino superior privada no município de Belém-PA. Para coleta de dados, utilizou-se o questionário Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e foram incluídos no estudo 112 pacientes, com idade entre 60 e 104 anos, a maioria (75,9%) do sexo feminino. Em relação à qualidade do sono avaliado pelo PSQI 15,2% dos pacientes apresentaram uma boa qualidade (IC95% 9,3 – 23,5), 49,1% uma qualidade ruim (IC95% 39,6 – 58,7) e 35,7% distúrbio do sono (IC95% 27,0 – 45,4). Com base no exposto, percebe-se a necessidade de os profissionais da saúde saberem abordar as queixas relacionadas ao sono no paciente idoso, já que uma má qualidade do sono impacta negativamente sobre a sua expectativa e qualidade de vida.

Transtornos Do Sono Em Idosos E Sua Relação Com Condições Psiquiátricas: Uma Revisão Bibliográfica

“…Benzodiazepínicos, antidepressivos, antipsicóticos e betabloqueadores são exemplos de medicamentos que podem interferir no sono e contribuir para distúrbios do sono em idosos. Em resumo, os transtornos do sono em idosos são resultado de uma interação complexa de vários fatores, incluindo alterações no ritmo circadiano, na arquitetura do sono, nas funções hormonais, em condições médicas subjacentes, em transtornos psiquiátricos e no uso de medicamentos (Costa et al, 2023).…”

“…atividades sociais e exercícios físicos, o que pode contribuir para um ciclo de inatividade e isolamento social (Costa et al, 2023).…”