A pesquisa foi realizada em um Banco Estatal localizado em um Estado da região sudeste que, a partir da adoção de tecnologias, instituiu mudanças em cargos e funções, exigindo de seus funcionários a consecução de objetivos e metas derivados das pressões do mercado. A partir das mudanças implementadas, começaram a surgir casos de trabalhadores com quadros de depressão e estresse que necessitaram afastar-se de suas atividades. O objetivo da pesquisa realizada foi fazer um estudo de como passou a ser o cotidiano dos trabalhadores do Banco, após gozarem licença médica, devido a transtornos mentais e comportamentais, tanto no seu aspecto laboral quanto pessoal. A discussão teórica inicia-se com as transformações do mercado de trabalho, passando para os transtornos mentais e de comportamento decorrentes do novo contexto organizacional. Foram referenciados autores que trataram dos dois tipos de transtorno mais observados no estudo, ou seja, estresse e depressão e também a Teoria da Avaliação Cognitiva e a Teoria da Justiça Organizacional. Foi utilizada uma abordagem qualitativa, valendo-se da técnica de análise de conteúdo para o tratamento dos dados, que foram coletados por meio do autorrelato dos funcionários acometidos pelos transtornos. Os resultados apontam a continuidade da presença de estressores no ambiente de trabalho, as dificuldades das relações interpessoais e a falta de um programa de reintegração dos trabalhadores no ambiente de trabalho.