Reflexões Acerca Do Direito À Educação Em Uma Escola Indígena: Relato (Auto)biográfico De Uma Professora Pariwat Durante O Período Da Pandemia

Abstract

Temáticas Indígenas nas Pesquisas (Auto)BiográficasResumo:Este artigo partiu de um recorte da tese de doutorado em Educação, onde investiguei as significações imaginárias xamânicas no contexto da autoformação de pesquisadoras sobre temáticas indígenas. O percurso voltou-se inicialmente para a cosmologia xamânica ampla, convergindo para a cosmovisão ameríndia guaranítica por meio das narrativas (auto) biográficas de quatro pesquisadoras, que realizaram seus processos formativos em aldeamentos indígenas no sul do Brasil. O dispositivo metodológico fundamentou-se na pesquisa-formação (Josso, 2010), a partir das narrativas (auto) biográficas das pesquisadoras-colaboradoradoras, dando suporte às discussões e às inter-relações com o xamanismo. Desta maneira, foram reconhecidas as significações simbólicas instituídas e instituintes sobre o imaginário do povo Guarani, resultando em um arcabouço teórico sobre o conhecimento ameríndio guaranítico e as implicações desta trama de sentidos. Sendo assim, apresento o caminho do Peabiru, através desta cosmovisão ameríndia para que possamos nos aproximar destes conhecimentos ancestrais. Asssim, a intenção com a escrita deste trabalho é percorrer o caminho do Peabiru por meio do imaginário Guarani, ou seja, o Tape Puku ou Itapoco, o "caminho comprido", para que esse imaginário possa ser evidenciado com base na concepção dos Guarani, como um percurso material e espiritual. Deste modo, te convido a adentrar essa trilha do caminho do Peabiru com as lentes do imaginário xamânico Guarani em busca da Terra sem Mal.