Introdução: Um dos desafios de quem trabalha em serviços de emergência são os riscos de exposição, principalmente quando o serviço é especializado em atendimento a pacientes portadores de doenças infectocontagiosas. Objetivo: Traçar dados qualitativos por meio de observações diretas dos registros e também dos relatos dos profissionais no que diz respeito as experiências e vivencias em um serviço de cuidados de emergência a portadores de doenças infectocontagiosas atendidos durante o ápice da pandemia de Coravírus e as dificuldades causadas pelo momento pandêmico. Metodologia: Estudo do tipo descritivo, qualitativo, observacional. Resultados: Muitos dos relatos indicavam instabilidade emocional entre os servidores: “essa pandemia mudou nosso comportamento emocional pois, por não se ter muito entendimento sobre o esse novo patógeno e pela velocidade do contagio e a letalidade, percebe-se que abateu-se fortemente o psicológico de toda equipe”. Outros exemplo de instabilidade emocional era: “toda equipe permanece em postura de alerta constante quanto ao uso frequente de EPI´s pelo risco eminente de contaminação a biológico, mas hoje deu entrada um paciente com sangramentos e que sabidamente já era portador de doença infectocontagiosa e que apresentava dispneia e tosse, e a quantidade de EPI´s existente no setor era suficiente um plantão de doze horas. Contudo isso, era evidente no semblante de todos uma expressão facial de inquietude”. Conclusão: Trabalhar na emergência de um hospital que é referência para pacientes com doenças infectocontagiosas é acumular, a cada plantão, a carga psicológica do risco real de se expor a material biológico.