Resumo: O romance gráfico Reino do Amanhã, de Mark Waid e Alex Ross, publicada inicialmente em 1996, destaca-se entre as histórias em quadrinhos, sobretudo por sua intertextualidade com o Livro do Apocalipse. Entretanto, para além do texto escrito, as imagens que compõem a obra apresentam signos notadamente religiosos que evidenciam-se como importante fonte de estudo acerca da religiosidade que, em larga medida, inspira a produção da HQ. A análise dessa fonte convida a um esforço de abordagem interdisciplinar, que em muito enriquece a investigação científica dos temas caros à religião. Desta feita, o artigo tem por objetivo refletir sobre os aspectos religiosos presentes na composição visual da capa do romance gráfico Reino do Amanhã. Considerando as histórias em quadrinhos como paraliteratura de grande relevância na chamada cultura pop e com base nos elementos de análise propostos pela Gramática do Design Visual, argumenta-se sobre a religiosidade presente na ilustração de Alex Ross.