“…Observa-se, atualmente, um consenso na literatura acerca da necessidade de os terapeutas estarem mais atentos ao papel das crenças e das práticas religiosas na vida dos seus clientes e na terapia e, também, da importância de desenvolver um processo de reflexão pessoal/profissional frente a estas temáticas para a melhor escuta de seus clientes (Ancona-Lopez, 1999;Angerami-Camon, 2002;Baungarte & Amatuzzi, 2007;Bruscagin, 2004;Cambuy, Amatuzzi, & Antunes, 2006;Giovanetti, 1999;Lima, 2001;Moreira-Almeida et al, 2006;Panzini & Bandeira, 2007;Peres, Simão, & Nasello, 2007). Shafranske e Mallony (1996) apontaram quatro motivos para se considerar a religiosidade do sujeito na clínica psicológica: 1) a proeminência da religião na cultura; 2) a incidência do fenômeno religioso nos processos de psicoterapia; 3) as relações existentes entre religiosidade e saúde mental; e 4) a consideração dos valores na prática clínica. Peres, Simão & Nasello (2007, p. 138), evidenciam as recomendações da Associação Psiquiátrica Americana (APA) sobre alguns procedimentos a serem seguidos por psicoterapeutas ao abordarem os temas espiritualidade e religiosidade:…”