Repositórios de objetos de aprendizagem: uma breve caracterização e discussão a partir dos recursos disponibilizados em três bancos de dados

Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar três repositórios concernentes a objetos educacionais, traçando um panorama com as principais características gerais desses mesmos repositórios assim como dos recursos educacionais de matemática disponíveis nesta ferramenta de armazenagem. Tem-se o intuito, com esta investigação, facilitar a busca e a utilização desses objetos por parte dos professores de Matemática, partindo da premissa que a divulgação dos repositórios educacionais ainda é insuficiente, reduzindo assim o aproveitamento dos materiais armazenados nestes ambientes. Considera-se também que, diante da impossibilidade que os docentes possuem de participarem de cursos de formação voltados para a inserção das tecnologias em sala de aula, a utilização dos objetos educacionais seria uma alternativa viável para aproximar o universo tecnológico do universo escolar. Trata-se de uma pesquisa exploratória de cunho qualitativo para qual foram pesquisados repositórios vinculados ao Ministério da Educação por meio de consultas aos endereços eletrônicos. Levantaram-se informações referentes à s características gerais, assim como relacionadas à s interfaces e ao quantitativo de objetos armazenados. Foi possível verificar que os objetivos destes repositórios convergem, na medida em que defendem a disponibilização e compartilhamento de objetos educacionais digitais que possam ser utilizados para enriquecer a prática pedagógica. No entanto, apesar da existência de inúmeros e diversificados objetos abarcando as mais diversas áreas do conhecimento, percebeu-se que estes bancos de dados encontram-se desatualizados, e apenas quatro objetos foram postados em 2015, e todos os demais em anos anteriores. Constatou-se, ainda, que a disponibilização de guias para auxiliar os professores na tarefa de delinear estratégias adequadas de utilização destes objetos em sala não se constitui uma obrigatoriedade em dois dos repositórios, o que pode inibir ou comprometer a qualidade do uso destes recursos por estes profissionais da educação.

Objetos De Aprendizagem Na Educação Matemática: Uma Revisão Integrativa

“…O segundo artigo da revisão a ser analisado foi o trabalho intitulado "Repositórios de objetos de aprendizagem de matemática: uma breve caracterização e discussão a partir dos recursos disponibilizados em três bancos de dados", dos autores Zarpelon et al, (2018). O texto tem como objetivo principal delinear um cenário com as principais características de três repositórios de OAs de modo a facilitar a busca de professores por estes para o ensino de Matemática.…”

“…OAs utilizados na pesquisa foram o Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE), Portal do Professor e Rede Interativa Virtual de Educação (RIVED). Para os RECIMA21 -REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR ISSN 2675-6218 OBJETOS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Ivam Galvão Filho, Gustavo Madeira da Silveira, Magda Camargo Lange Ramos, Vania Ribas Ulbricht RECIMA21 -Ciências Exatas e da Terra, Sociais, da Saúde, Humanas e Engenharia/Tecnologia v.4, n.12, 2023 6 autores, os repositórios de aprendizagem também almejam disponibilizar e compartilhar objetos educacionais digitais para serem utilizados no contexto educacional, o que enriquece a prática pedagógica e contribui para a melhoria do ensino Zarpelon et al, (2018). ainda ressalta que apenas o uso destes recursos digitais por si só não trará nenhum benefício significativo à aprendizagem, sendo assim, indispensável a ação reflexiva do professor no decorrer de todo o processo, desde o planejamento até a avaliação dos alunos mediante o uso destes recursos.…”

Impressora Construída De Lego®: Um Objeto De Aprendizagem Para Aplicação De Geometria Plana

“…Para Wiley (2000, p. 7), um OA é "qualquer recurso digital que pode ser reutilizável para dar suporte à aprendizagem", ou seja, é um elemento que pode se constituir em um módulo provido de conteúdo autoexplicativo, que faz sentido sem ter a necessidade de ser complementado, mas pode abranger conteúdos que se relacionem entre si. Corroborando essa contextualização, Zarpelon et al (2018) citam que um OA tem o objetivo de funcionar como facilitador no processo de ensino e aprendizagem, devendo determinar os objetivos pedagógicos e ser organizado de forma a ser autocontido, permitindo ser reutilizável em outras atividades. Ainda conforme o autor, os OA possuem diversos formatos e propostas de uso, podendo ser quaisquer materiais eletrônicos que englobam informações destinadas à construção do conhecimento, explicando os objetivos pedagógicos e que estejam organizados de tal forma que possam ser reutilizáveis para outras atividades ou recombinados com outros objetos de aprendizagem.…”

“…Sendo exemplos de OA: imagens, vídeos, páginas web, animações ou simulações. São características que visam a demanda por interfaces e recursos que estimulem os alunos na busca por novos conhecimentos e propiciem a aprendizagem de um determinado conteúdo (ZARPELON et al, 2018;NESI et al, 2019).…”

“…Esses objetos aproximam os alunos dos conceitos, auxiliando a assimilação dos conteúdos em várias áreas do conhecimento, e podem ser reutilizados e combinados com outros objetos, proporcionando um ambiente rico em aprendizagem, além de flexível. Os OA podem promover a aprendizagem desde que exista um planejamento onde sejam enquadrados os propósitos pedagógicos e seus objetivos, tendo critérios para avaliar a qualidade dos objetos de aprendizagem (ZARPELON et al, 2018;NESI et al, 2019).…”