Este artigo propõe investigar as particularidades das representações do espaço urbano e da paisagem arquitetônica da cidade do Recife nos filmes Deserto feliz (2008), de Paulo Caldas, Um lugar ao sol (2009), de Gabriel Mascaro, e Aquarius (2016), de Kleber Mendonça Filho. Discute-se aqui sobre como essas representações servem como estruturas que delineiam a imaginação geográfica sobre o espaço e a paisagem recifense, atribuindo significado à experiência de vivência do lugar e à correlação existente entre as paisagens real e fílmica da cidade, contextualizadas em uma ordem socioespacial que se institui como heterotópica.