Representações sociais da satisfação com a vida de idosos aposentados

Abstract

Introdução: O processo de envelhecimento e o período daaposentadoria não ocorrem ao sujeito isoladamente. Concepçõescorrentes da sociedade acerca de tais movimentosda vida, que são as representações sociais, interferirão diretamentena forma como os indivíduos experienciam essasfases. Por isso é importante compreender a satisfação coma vida em idosos aposentados segundo suas característicassociodemográficas. Materiais e métodos: Foram avaliados 300idosos aposentados por meio de uma entrevista estruturada esemiestruturada, que abordou as variáveis sociodemográficase a satisfação com a vida. Foi utilizado o software StatisticalPackage for Social Sciences versão 20 para análise estatística.Resultados: Dos 300 idosos avaliados, 61,7% eram do sexofeminino; a maioria estudou até o nível fundamental (61,6%),52% são casados ou vivem com algum companheiro(a); apresentaramidade média de 74,33 ± 6,61 anos; renda média deR$ 2317,8 ± 2259,8; e média de filhos de 2,12 ± 2,0. Ao avaliara satisfação com a vida nestas variáveis, a única que apresentoudiferença estatística foi o número de filhos (p = 0,00037).Discussão: As representações sociais dos idosos aposentadossobre a satisfação com a vida permitiram evidenciar que estáocorrendo uma reestruturação do impacto que a aposentadoriacausava na vida do indivíduo, permitindo uma superaçãode dificuldades psico-sócio-históricas na configuração doenvelhecimento e da aposentadoria. Conclusões: A maneiracomo um indivíduo que envelhece consegue manter umfuncionamento psicológico positivo e aumentar sua satisfaçãocom a vida ao chegar à aposentadoria é uma questãoimportante para a sociedade.Descritores: Envelhecimento; Aposentadoria; Satisfaçãopessoal.

Assessment of life satisfaction and risk of violence in elderly / Avaliação da satisfação com a vida e o risco para violência em idosos

“…The exponential growth of people over 60 years old worldwide reflects a dynamic and subjective aging process that, although there are chronological determinants, biopsychosocial factors interfere directly in facing the challenges of this phase of life.1 The challenging aspects of the new reality are related to work activity, retirement, income, emotional, affective, and marital relationships, comorbidities, cognitive changes, healthy lifestyle habits, and education. [2][3] Demands of this nature make the transition to old age explicit as a moment that requires physical and psychological adaptations as potentially protective strategies against instabilities, such as the impact of changes from a work routine to retirement and the need to prepare to face this condition. 4 The aforementioned variables reflect on the way each individual interprets his or her reality, which in turn influences the overall health outcomes.…”

“…Concomitantly, national studies, 2-3 also highlight that satisfaction with life may suffer interference from gender, resilience, advancing age, socioeconomic level, family support network, presence of diseases, and being inserted in the labor market; on the other hand, other authors, 2 have already signaled the occurrence of changes in the understanding of the elderly as to their satisfaction beyond the aspects attributed to aging.…”

“…12 However, the literature does not clarify significant differences between genders in relation to life satisfaction in the elderly, although some studies reaffirm higher scores of life satisfaction in this same group, believing that the subjective content and cultural changes of social roles cause an imminent change in this variable. [2][3] Based on the above, and considering the biopsychosocial characteristics that alter the aging process and the elderly, and the lack of studies measuring the difference in life satisfaction among men and women, the question is: are there differences between life satisfaction and risk for violence as a function of gender? To this end, the study aimed to describe the relationship between life satisfaction and risk for violence among elderly men and women.…”

Representações sociais sobre a velhice, o envelhecer e o ser velho segundo homens e mulheres idosos

“…Pesquisas recentes, utilizando o referencial da Teoria das Representações Sociais, foram realizadas para compreender a questão do envelhecimento (Ferreira et al, 2017;Nascimento & Calsa, 2017;Brito et al, 2018;Moura et al, 2019;Sardinha et al, 2020;Silva et al, 2020;Castro et al, 2020;Góis et al, 2020;Castro et al, 2021). Isso demonstra não apenas o interesse dos pesquisadores das representações sociais na temática do envelhecimento, como o valor da teoria para compreender as pessoas idosas em relação com o mundo que os cerca.…”