Segurança do profissional de saúde frente ao paciente em agitação psicomotora

Abstract

Pacientes em agitação psicomotora representam riscos para profissionais da saúde, demais presente e para si próprios. Assim, o presente artigo tem como objetivo reconhecer os protocolos relativos à promoção de segurança, especificamente, dos profissionais da saúde perante pacientes em agitação psicomotora. Quanto ao método, trata-se de revisão integrativa nas bases de dados PubMED, SciELO, Science Direct e BVS. Após aplicação dos critérios foram selecionados 15 artigos a partir dos quais foram identificadas e analisadas quatro principais categorias: ações e protocolos de segurança perante paciente agressivo (manejo comportamental, ambiental, organizacional, farmacológico e físico); causas, fatores preditivos e identificação do paciente instável; capacitação dos profissionais da saúde e notificação dos incidentes. Após análise desses fatores, é de grande importância a avaliação precoce e rápida do estado do paciente para que haja apropriado manejo, levando em consideração sua individualidade. Outrossim, é necessário que os profissionais tenham conhecimento sólido sobre as diferentes medidas, que haja eficiente organização da equipe e protocolos estabelecidos nos locais de promoção à saúde. Para isso, a capacitação profissional deve ser implementada e mantida como educação continuada, abordando os diferentes manejos e seus momentos de utilização, valorizando o aprimoramento constante dos métodos sobre esses pacientes, para todos os profissionais da saúde. Somado a isso, deve-se incentivar a notificação dos casos pelos profissionais, afinal, a subnotificação dos casos apresenta-se como um problema para o levantamento de estimativas acerca de agressões decorrentes da agitação psicomotora. Portanto, diretrizes claras e procedimento operacional padrão devem ser incentivados, procurando manter ambientes profissionais seguros a todos.

Desenvolvimento e avaliação de um website informativo sobre manejo de pessoas com Agitação Psicomotora com ou sem Comportamento Agressivo para Técnico de Enfermagem

“…Considerando que a Agitação Psicomotora acontece associada a diversos processos de adoecimento (George et al, 2016;Del-Bem et al, 2017;Baldaçara et al, 2019) e que a lacuna de formação dos profissionais (Paes;Maftum, 2013;Bonadiman et al, 2017;Braga;Farinha, 2018) pode culminar em atuação inadequada representando riscos à integridade física para o próprio, para o paciente e outras pessoas (Mantovani et al, 2010;Vieira, 2017;Fernandes et al, 2022), o presente estudo tem como finalidade construir uma tecnologia para apoiar na formação e capacitação desses profissionais, com vistas à mitigar danos e otimizar a assistência de qualidade à pessoa com Agitação Psicomotora com ou sem Comportamentos…”

“…Embora a identificação e atuação nos preditores desta condição de saúde possa assegurar a integridade física e psicológica do profissional e fomentar práticas mais humanas e seguras ao paciente, o índice de acidentes com profissionais de saúde devido a quadros de Agitação Psicomotora com ou sem Comportamentos Agressivos é elevado (Mantovani et al, 2010;Fernandes et al, 2022). Cabe destacar que os profissionais de nível médio de enfermagem são mais expostos aos riscos de agressão física, porque estão diretamente em contato com pacientes nos serviços (Vasconcelos, 2012).…”

“…Na sala de atendimento, é importante não ter objetos que possam favorecer a agressão a si ou a terceiros. Deve conter rota de fuga (porta próxima a localização do profissional) para que o mesmo não fique bloqueado pelo paciente, caso comportamento agressivo e ou violento (Baldaçara et al, 2019;Fernandes et al, 2022).…”

“…Considera-se por manejo comportamental as atitudes e comportamentos dos profissionais que podem contribuir para o desfecho adequado e seguro de pessoas com Agitação Psicomotora com ou sem Comportamento Agressivo (Vieta et al, 2017). Estudos apontam que a atitude do profissional de saúde é primordial para minimizar a progressão de Agitação Psicomotora com Comportamentos Agressivos (Wong et al, 2018;Fernandes et al, 2022). É indicado adotar postura empática, com fala calma/objetiva, contato visual prolongado, evitando movimentos bruscos, ter postura acolhedora com interesse em ajudá-lo.…”

“…A distância entre o profissional e o paciente deve ser mantida (aproximadamente de 1 braço) como forma de proteção de si e outros. Importante destacar que o profissional deve estar atento às emoções que aquela pessoa pode estar impactando nele (contratransferência), para evitar confrontar, julgar, humilhar e ameaçar, além de reduzir tempo de espera para atendimentos (Baldaçara et al, 2019;Fernandes et al, 2022).…”