“…Nesse sentido, geralmente há aqueles pais adotivos que julgam o contato e a manutenção dos vínculos um recurso valioso e capaz de oferecer, a partir da visão compartilhada entre os irmãos, um olhar mais realístico e menos idealizado da família biológica, podendo um irmão mais velho atuar, inclusive, como a "memória" que ajudará seu filho a entender melhor sua vida (COSSAR; NEIL, 2013). Em contrapartida, há aqueles para os quais a perda do relacionamento entre irmãos não parece ser uma preocupação primária (JAMES et al, 2008;JONES, 2016) e, diferentemente dos descritos anteriormente, consideram a transmissão de informações sobre a família biológica um problema que apresenta desconforto e preocupação, chegando a exercer um controle ativo para limitar o contato, a fim de proteger a si mesmos e à criança de influências negativas e/ou experiências dolorosas. É digno de nota que essa atitude, entretanto, representou, para alguns parentes biológicos e filhos adotivos entrevistados por Cossar e Neil (2013), a negação de importantes conexões de parentesco.…”