Sobre “ser filho da mãe”: a influência da ausência materna no desenvolvimento infantil sob as lentes da psicopedagogia de fernandez e da psicanálise de Winnicott

Abstract

Para um desenvolvimento infantil integral, é fundamental que as crianças estejam inseridas em um ambiente que promova uma convivência social saudável. Nesse contexto, diversos estudos ressaltam o papel essencial da figura materna na consolidação dessas condições, destacando-a como um fator determinante para o bem-estar e o pleno florescimento das crianças. A presença materna, portanto, é vista como altamente benéfica para atender às necessidades afetivas e sociais que contribuem diretamente para o crescimento equilibrado e a formação emocional dos pequenos. Longe de romantizar a figura materna na relação com o seu filho, a pesquisa visa desvelar a significância simbólica que essa figura traz para o crescimento equilibrado da criança. Desse modo, como repertório teórico para elucidar esse objeto de estudo, ancoramos nos trabalhos de Winnicott (1979; 2000; 2011), bem como nos contributos de Fernandez (1991; 2001; 2011). A pesquisa se caracteriza de modo qualitativa (Minayo, 2016) e compreensiva, conforme Weber (2009). Os achados da pesquisa evidencia o papel essencial e insubstituível da mãe no desenvolvimento saudável da criança, especialmente em sua formação psíquica e nos processos de aprendizagem. A presença materna atende às necessidades emocionais da criança, e sua ausência pode gerar dificuldades de aprendizagem e problemas de personalidade. No contexto atual, em que a mulher desempenha múltiplos papéis na sociedade, a maternidade e seus cuidados diminuem, causando consequências para o desenvolvimento infantil. Embora esta pesquisa traga importantes contribuições, são necessários estudos adicionais para aprofundar a compreensão sobre a influência materna para o cuidado das crianças.