O objetivo do trabalho foi relatar a ocorrência de casos de cães com Leptospira spp. no Hospital Veterinário de Londrina. Foram avaliados 5.454 prontuários, durante os meses de janeiro a dezembro de 2016, e selecionados os que apresentaram solicitação de exame para Lepstopira por meio da técnica de campo escuro (CE). Nos positivos pela técnica CE dados sobre o sexo, sinais clínicos, endereço, data do atendimento e resultado na SAM foram coletados. A análise dos dados foi realizada pelo programa EpiInfo (7.2.3.1), dos 5.454 prontuários nos quais foi solicitado exame CE em 7,06% (385/5.454), e nestes, 13,76% (53/385) foi identificada a presença da espiroqueta. Dos animais positivos na técnica CE, 20,75% (11/53) foram reagentes na SAM. O sorovar Canicola foi o mais frequente em 90,91% (10/11) dos animais, apresentando títulos variados de 100 a 12.800. Para o sorovar Pomona 9,09% (1/11) dos animais apresentaram títulação de 100. Os sinais clínicos mais observados fora apatia em 58,49% (31/53), azotemia em 49,06% (26/53) e êmese em 49,06% (26/53) dos casos. Quanto ao sexo, os machos constituíram 71,70% dos casos e as fêmeas 28,30% (p=0,0015). Os resultados demonstraram a presença de Leptospira spp. entre os animais atendidos no hospital veterinário de Universidade Estadual de Londrina e reforçam a importância do sorovar Canicola entre os cães, visto que este foi o mais frequente entre os sorovares e que apresentou os maiores títulos.