Structure and dynamics of a woody plant community of a tropical semi-deciduous seasonal forest in the "Estação Ecológica do Panga", municipality of Uberlândia, Minas Gerais, Brazil

Abstract

-(Structure and dynamics of a woody plant community of a tropical semi-deciduous seasonal forest in the "Estação Ecológica do Panga", municipality of Uberlândia, Minas Gerais, Brazil.). Studies of plant community dynamics are essential in understanding the demographic patterns of species since changes in demographic rates can affect the floristic composition and future structure. The purpose of the present study was to analyze the changes in the community structure and floristic composition of woody plants in a tropical semi-deciduous forest in Uberlândia in central Brazil, during a 10-years period. The data were collected in 1989 and in 2000 in 50 quadrats (10 m x 10 m) where all trees with a minimum circumference at breast height of 10 cm were sampled. In 1989, 93 species and 1103 individuals were registered. Over a period of 10 years, seven new species were added to the community, although eight disappeared. The main change that occurred during this period in the floristic composition was the replacement of savannah species occurring in forest gaps by those from the forest understory.Key words -growth, mortality, recruitment, tropical forest RESUMO -(Estrutura e dinâmica da comunidade arbórea de uma floresta semi-decídua na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil). Estudos de dinâmica de comunidades vegetais são essenciais para o entendimento dos padrões demográficos das espécies, uma vez que as mudanças nas taxas demográficas da comunidade podem afetar a composição florística e a estrutura futura das florestas. Portanto, o presente estudo teve por objetivo analisar as mudanças na composição florística e estrutura fitofisionômica da comunidade arbórea de uma floresta tropical semi-decídua em Uberlândia no Brasil central, durante um período de 10 anos. O trabalho foi realizado em 50 parcelas de 10 m x 10 m, onde amostraram-se todas as árvores com circunferência a altura do peito com mínimo de 10 cm em 1989 e novamente em 2000. Em 1989 registrou-se um total de 93 espécies e 1103 indivíduos, enquanto que em 2000, 92 espécies e 1107 indivíduos. Em 10 anos houve a perda de oito espécies e recrutamento de sete. A principal mudança que ocorreu na composição florística nesse período foi a substituição de espécies de savana, que ocorriam nas clareiras, por aquelas de sub-bosque da comunidade florestal.

Dinâmica da comunidade arbórea de uma floresta semidecidual em Uberlândia, MG, Brasil

“…O tamanho reduzido, o isolamento e a interferência antrópica na floresta podem determinar o desaparecimento de algumas espécies ou a redução de suas populações (Paiva et al 2007), favorecendo o crescimento de outras espécies. O índice de diversidade de Shannon em T1 (4,05) foi maior que em T2 (3,72) (t = 6,45; gl = 1576,92; p < 0,001).…”

“…Trabalhos em florestas semideciduais foram desenvolvidos por Oliveira Filho et al (1997), Chagas et al (2001), Nascimento et al (1999) e Paiva et al (2007). Nestes estudos as elevadas taxas de mortalidade e recrutamento foram atribuídas aos processos de fragmentação e de perturbações sofridas no passado, justificando a importância de pesquisas de longo prazo para detectar as mudanças florísticas e estruturais nessas florestas.…”

Dinâmica estrutural da comunidade lenhosa em Floresta Estacional Semidecidual na transição Cerrado-Floresta Amazônica, Mato Grosso, Brasil

“…2), ao contrário do padrão observado por Oliveira-Filho et al (1997), Paiva et al (2007) e Silva & Araújo (2009) em fl orestas semideciduais de Minas Gerais (Tab. 2), cujos valores apresentaram-se equilibrados.…”

“…O tempo de reposição da comunidade, considerando o número de indivíduos e a área basal, indicou que a fl oresta estudada apresenta menor dinamismo que as amostradas por Oliveira-Filho et al (1997), Paiva et al (2007) e Silva & Araújo (2009) no estado de Minas Gerais (Tab. 2), o que provavelmente está relacionado ao desequilíbrio entre as taxas de mortalidade e de recrutamento, perda e ganho de área basal.…”

Dinâmica da comunidade arbórea em uma floresta estacional semidecidual sob queimadas recorrentes

“…Especificamente no Brasil, florestas semidecíduas, têm sido estudadas com relativa frequência (Oliveira-Filho et al 1997; Nascimento et al 1999;Chagas et al 2001;Guilherme et al 2004;Appolinário et al 2005;Oliveira-Filho et al 2007;Paiva et al 2007;Higuchi et al 2008;Silva & Araujo 2009). No entanto, ainda são raros os estudos que analisam alterações estruturais e monitoram o desenvolvimento pós-fogo em florestas (Silva et al 2005;Melo et al 2007;Balch et al 2008).…”