RESUMO Objetivo Verificar a correlação das diferentes médias tonais (tritonal, quadritonal e octonal) com o Índice Percentual de Reconhecimento de Fala e com a desvantagem auditiva. Métodos Participaram do estudo 56 sujeitos, distribuídos em dois grupos, com configuração audiométrica descendente: Grupo 1 (G1) - 28 sujeitos com média tritonal igual ou inferior a 25 dBNA e Grupo 2 (G2) - 28 sujeitos com média tritonal pior que 25 dBNA (G2), sendo pareados quanto ao gênero e idade (p= 0,544). Todos foram submetidos à audiometria tonal liminar, Índice Percentual de Reconhecimento de Fala (IPRF) com lista monossilábica de palavras gravadas, medidas de imitância acústica e ao questionário Hearing Handicap Inventory for Adults. A análise de correlação foi realizada entre as médias de três frequências (M3), de quatro frequências (M4) e de oito frequências (M8) com o IPRF e com a desvantagem auditiva, utilizando o teste de correlação de Spearman, sendo o nível de significância considerado <0,05 (5%). Resultados Evidenciou-se correlação estatisticamente significativa do IPRF com a M8, para o G1, e do IPRF com M4 e M8, para o G2. Observou-se tendência à significância, tanto para o G1, como para o G2, em relação à M8, quando correlacionada com a desvantagem auditiva, demonstrando que analisar as oito frequências do audiograma (frequências mais agudas que 4000 Hz) parece possibilitar maior compreensão em relação à desvantagem auditiva do paciente. Conclusão Houve correlação estatisticamente significativa do IPRF com a M8, nos dois grupos, denotando uma redução no desempenho do IPRF, com o aumento da média, considerando as oito frequências. A M8 refletiu melhor a desvantagem auditiva causada pela perda auditiva, no G1.