Time and Causality in the Social Sciences

Abstract

This article deals with the role of time in causal models in the social sciences, in particular in structural causal modeling, in contrast to time-free models. The aim is to underline the importance of time-sensitive causal models. For this purpose, it also refers to the important discussion on time and causality in the philosophy of science, and examines how time is taken into account in demography and in economics as examples of social sciences. Temporal information is useful to the extent that it is placed in a correct causal structure, and thus further corroborating the causal mechanism or generative process explaining the phenomenon under consideration. Despite the fact that the causal ordering of variables is more relevant for explanatory purposes than the temporal order, the former should nevertheless take into account the time-patterns of causes and eects, as these are often episodes rather than single events. For this reason in particular, it is time to put time at the core of our causal models.

A relação de causalidade entre Zika vírus e síndrome congênita: análise de uma controvérsia em meio a uma crise de saúde pública

“…Há uma ideia de temporalidade que fica implícita nessa assimetria da causalidade. A causa deve vir antes do efeito; e, por conseguinte, a ideia de tempo está na centralidade de qualquer referência causal(WUNSCH et al, 2020). dessa capacidade de previsão; ou seja, se o contato com o vírus leva a anomalias, é possível evitar esse desfecho e mudar o curso dos acontecimentos.Se o tempo é um aliado da causa, ele nem sempre o é para os cientistas.Encontrar a causa após o desfecho é muito diferente de encontrar antes e parte do grande esforço da ciência é tentar não apenas observar o que ocorre, mas criar modelos em que o que ocorre pode ser previsto; de preferência, sem que seja necessário que um evento ocorra.…”

“…Um estudo de revisão que analisou 101 pesquisas publicadas entre maio de 2016 e janeiro de 2017 estabelece que evidências confirmavam uma associação causal entre o Zika e anomalias fetais. Os estudos teriam mostrado a plausibilidade biológica, a força da associação e especificidade das lesões(COUNOTTE et al, 2018).hipóteses(WUNSCH et al, 2020). As dificuldades encontradas para os levantamentos dos dados, seja pela disponibilidade dos testes, seja pelos exames pré-natais não realizados ou ainda a ausência de notificação e acompanhamento de anomalias congênitas, dentre outros fatores, tiveram impacto no entendimento do fenômeno.…”