RESUMOAs plantas tóxicas provocam inúmeros casos de intoxicação, principalmente pelo fato de serem usadas como plantas ornamentais e pela desinformação sobre a ação destas. Os idosos representam um grupo que faz uso difundido destas plantas e ainda há a necessidade de estudos sobre o conhecimento destes em relação às plantas. Desta forma, objetivou-se verificar o conhecimento dos idosos sobre plantas tóxicas. Foram aplicados questionários contendo informações sócio-demográficas, bem como, cuidados e conhecimento popular sobre plantas tóxicas. Para verificar possíveis associações entre as variáveis de interesse foram aplicados o Teste Quiquadrado. A maioria dos idosos não relatou conhecimento popular sobre plantas tóxicas, no entanto, os que o fizeram, referenciaram principalmente a planta Comigoninguém-pode (Dieffenbachia picta Schott.) e com menor prevalência a Espirradeira (Nerium oleander L.) e Copo de leite (Zantedeschia aethiopica Spreng.). Quanto às intoxicações, 29,5% dos entrevistados relataram algum caso de intoxicação. Em relação aos cuidados com plantas tóxicas, 62,15% afirmaram o ter, no entanto, 68,92% relataram que cultivam essas plantas próximas de crianças e animais, no entanto, algumas plantas citadas como tóxicas pelos idosos, são utilizadas popularmente como medicinais. Conclui-se, portanto, que muitos idosos não têm conhecimento sobre plantas tóxicas. Algumas destas são utilizadas como medicinais e o cultivo das mesmas é próxima de animais e crianças. O desconhecimento com estas espécies vegetais é um dos principais fatores para ocorrência de acidentes. Medidas de promoção à saúde e prevenção acerca de intoxicações em geral podem ser fatores indispensáveis, já que a maioria das intoxicações é acidental e, portanto, evitáveis. PALAVRAS-CHAVE: intoxicação; saúde pública; geriatria; políticas educativas.