Uma imprensa para o teatro

Abstract

RESUMO: A compreensão da história do teatro amador carioca no final do século XIX e início do XX é possível, em grande medida, pelos periódicos dedicados aos "assuntos teatrais". Essa produção periodista é significativa tanto em número quanto na sua diversidade, revelando não apenas o lugar que o teatro ocupava na capital, como o reconhecimento da imprensa como espaço de divulgação de peças, formação de públicos e opinião, projeção de artistas, etc., como também de relações pessoais e pedidos e trocas de favores entre empresários e jornalistas. Mais ainda, a produção de jornais pelos clubes dramáticos amadores demonstra a sua compreensão do papel que a imprensa ocupava na divulgação de formas de agir e pensar além dos palcos, mas no próprio cotidiano.PALAVRAS-CHAVE: Imprensa; Rio de Janeiro; Teatro amador; Associativismo.A press for the theater RESUME: Understanding the history of the amateur theater at the end of the XIXth century and the beginning of the XXth is possible, largely, because of the newspapers dedicated to the "theatrical affairs". Such publications are important for the quantity and the diversity, revealing not only the place occupied by the theater in the capital, but also for the recognition of the press as a means of disclosure of plays, public education and opinion, artist projection, etc, not to mention personal affairs and requests, and the exchange of favors among managers and journalists. Even more, the press production of the dramatic amateurs clubs demonstrate the understanding of its role in the dissemination of ways to act and think beyond the stage and in the everyday life.KEYWORDS: Press; Rio de Janeiro; Amateur theater; Associativism. Una prensa para el teatroRESUMEN: Comprender la historia del teatro amateur carioca a finales del siglo XIX y principios del XX es posible, en gran medida, por las publicaciones periódicas dedicadas a los "asuntos teatrales". Esta producción periódica es significativa tanto por su cantidad como por su diversidad, y revela no sólo el lugar que el teatro ocupaba en la capital, sino el reconocimiento de la prensa como espacio de divulgación de piezas, formación de públicos y opiniones, proyección de artistas, etc., así como también de relaciones personales y peticiones e intercambios de favores entre empresarios y periodistas. Además, la producción de periódicos por los clubes dramáticos amateurs demuestra su comprensión del papel que la prensa desempeñaba en la divulgación de las formas de actuar y pensar fuera de los escenarios, es decir, en la propia vida cotidiana.