Uma nova visão acerca da experiência de ouvir vozes

Abstract

Objetivo: contextualizar o conhecimento acerca da temática da experiência de ouvir vozes. Métodos: trata-se de uma revisão sistematizada, para compreensão da temática, realizada nas bases de dados SciELO, LILACS e PubMed, em novembro de 2017, sendo selecionados 15 artigos científicos para este estudo. Resultados: temas como o Movimento dos Ouvidores de Vozes, a figura do ouvidor de voz, a fenomenologia da escuta das vozes, a experiência de ouvir vozes em diferentes culturas, estratégias utilizadas no enfrentamento e o Grupo de Ouvidores de vozes foram abordados. Considerações finais: é evidente a grande transformação a partir do surgimento do Movimento dos Ouvidores de Vozes e seus precursores, sendo importante os serviços de saúde mental compreenderem as implicações deste movimento para produção de novas formas de cuidados mais humanos.

Ouvir vozes a pesquisa intervenção num centro de atenção psicossocial – produção de pequenos-grandes cuidados

“…8 Para a psiquiatria tradicional este fenômeno é entendido apenas como uma patologia, dificultando que a pessoa desenvolva estratégias eficazes para lidar com tal experiência, focando apenas na remoção dos sintomas pelo uso de medicações antipsicóticas, tratando como um tabu, como algo que não merece ter dialogo, nem compreensão nos seus variados aspectos emocionais e sociais. 9 Porém em contrapartida a estes conceitos encontro na literatura do "Movimento de ouvidores de Vozes", consistindo em outra maneira de entendimento diante deste fenômeno e outras possibilidades de tratamento para pessoas ouvidores de vozes.…”

Experiências de vida e o trauma no conteúdo da audição de vozes

“…Contudo, a psiquiatria ainda trata a audição de vozes como um tabu, como uma experiência que não merece atenção e ignora o fato das vozes possuírem significados e influências distintas no dia a dia na vida de cada ouvidor(a). Ainda visualizase o fenômeno de audição de vozes concebido como descontrole e desrazão, que colabora para a manutenção da estigmatização das pessoas ditas como 'loucos(as)' (Souza;Kantorski et al, 2019). Research, Society and Development, v. 10, n. 11, e517101119748, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19748…”