Unpacking the local turn in peacebuilding: a critical assessment towards an agenda for future research

Abstract

This article undertakes a critical assessment of the local turn in critical peacebuilding scholarship. It comes to the conclusion that the local turn is hampered by a binary and essentialist understanding of the local and the international, which are presented as the only relevant locations of power or resistance. This leads to an ignorance of local elites, provides a romanticised interpretation of hybrid peace governance structures, overstates local resistance and presents an ambivalent relationship to practice. The article recommends a more nuanced understanding of the actors involved in peace-and statebuilding, based on more empirical scholarship and a multidisciplinary approach.

Consolidação internacional da paz versus percepções locais sobre a paz: encontros e desencontros

“…Apesar da utilização corrente no singular, é possível identificar duas "viradas locais" distintas (PAFFENHOLZ, 2015). A primeira se deu ainda na década de 1990, quando do próprio desenvolvimento da agenda da consolidação para a paz.…”

“…Em especial, dada a influência pós-colonial desse debate, critica-se o viés ocidental dessas atividades, em oposição à priorização do viés local -daí a ênfase nessa literatura nas dinâmicas de resistência local (MAC GINTY, 2010;RICHMOND, 2011RICHMOND, e 2014PAFFENHOLZ, 2015).…”

“…Isso inclui boa parte da sociedade civil organizada, que é geralmente vista como importante representante dos interesses "locais". Ao mesmo tempo, e não obstante o esforço, na literatura, de diferenciar os atores locais que constituem a "elite" dos demais "locais" (RICHMOND, 2011), os "locais" são vistos predominantemente de forma homogênea e com grande potencial emancipadorapesar de vários exemplos que contestam esse otimismo (HUGHES, 2015;) Ainda, essa visão otimista previne a própria crítica do hibridismo e de algumas estruturas criadas nesses contextos, que, em última instância, perpetuam formas de repressão não necessariamente associadas à dimensão norte-sul global PAFFENHOLZ, 2015).…”

“…advoga que os atores locais -aqueles que vivenciaram o conflito armado -adquiriram um posicionamento central na análise e na formulação e implementação de políticas voltadas para a paz (LEDERACH, 1997;RAMSBOTHAM et al, 2005;RICHMOND, 2005;ROBERTS, 2011;RICHMOND, 2013;HUGHES et al, 2015;PAFFENHOLZ, 2015). Por sua vez, as perspectivas epistemológicas subjacentes a esse debate variam significativamente.…”

Da transformação de conflitos à paz híbrida: uma análise das ideias de John Paul Lederach e Roger Mac Ginty

“…De acordo com Paffenholz (2015), a primeira virada local é baseada nas teorias de resolução de conflitos associadas a estudiosos como Adam Curle e Johan Galtung e tem como propósito interpretar e promover a reconciliação sustentável entre os grupos pertencentes a determinada sociedade conflituosa. O principal autor associado a essa vertente é John Paul Lederach, cuja obra é objeto de estudo do presente trabalho e será apresentada posteriormente.…”