A violência infantil configura-se em grave problema de saúde pública mundial. Ainda assim, permanece como fenômeno socialmente aceito e enraizado à rotina de muitas famílias. Tais aspectos corroboram invisibilidade e dificuldades para a rede de proteção implementar ações capazes de prevenir e interromper seu ciclo. Desse modo, essa pesquisa objetivou identificar e descrever Atividades de Educação em Saúde direcionadas ao enfrentamento da violência contra criança em tempos de pandemia pela COVID-19. Para tanto, foi realizada Revisão Integrativa da literatura, orientada pela estratégia PICo. As buscas foram implementadas nas bases MEDLINE, BDENF (Base de dados em Enfermagem), LiLACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e IBECS (Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud), e no portal da PubMed. Foram eleitos 24 artigos para leitura completa, dos quais sete compõem a amostra dessa pesquisa. Embora nenhum estudo tenha considerado aspectos da pandemia da COVID-19 no planejamento e implementação das Atividades de Educação em Saúde, conclui-se que elas são eficientes para o enfrentamento da violência contra a criança, especialmente em cenário pandêmico, pois colaboram para conhecimento e atitude de famílias, crianças e profissionais de saúde, ou seja, são capazes de empoderar atores para prevenir, identificar e denunciar casos de abuso infantil. Crises sanitárias podem exigir drásticas mudanças nas rotinas das famílias, requerendo dos profissionais de saúde e da rede de proteção infantil intervenções que dêem visibilidade às vítimas ocultas, especialmente pela ausência de espaços de proteção, como escolas, e contenção das crianças no lar, junto a possíveis agressores.