Uso do pó de rocha basáltica como fertilizante alternativo na cultura da soja

Abstract

Objetivou-se com o presente estudo avaliar o efeito residual da adição de pó de rocha basáltica associado ou não a adubação química, sobre os atributos químicos do solo e produtividade da cultura da soja. O delineamento experimental foi de blocos casualizados em esquema fatorial (5x2), testando, cinco doses de pó de rocha (0; 2,5; 5,0; 7,5 e 10,0 Mg ha-1), com ou sem adubação química de NPK na formulação 05-25-06, com quatro repetições. O experimento foi conduzido em condições de campo. Foram avaliadas as características agronômicas de altura final de plantas, altura da inserção do primeiro legume, diâmetro do coleto, peso de 1000 grãos, produtividade da soja e os atributos químicos do solo. A adubação química influenciou os teores dos nutrientes P, K e Mn no solo. Na camada de 0-10 cm houve aumento dos teores de P e K. Na camada de 10-20 cm ocasionou redução no teor de Mn. O residual da aplicação das doses de pó de basalto ocasionou a redução das concentrações foliares de P, Cu, Zn. A adubação química complementar favoreceu a redução da concentração do Mg foliar. Altura de plantas, diâmetro do coleto, peso de grãos e produtividade foram maiores nos tratamentos que receberam a adubação química. A pequena liberação dos nutrientes do pó de basalto indica que tal material não pode ser utilizado como a principal fonte de nutrientes às plantas.

Parâmetros morfológicos do girassol ornamental em resposta a diferentes doses de biochar de lodo de esgoto e pó de rocha

“…Outra tecnologia de produção agrícola que complementa os fertilizantes solúveis (Hanisch et al, 2013), sustentavelmente rentável (Silva da et al 2020b), usada em apenas cerca de 3% de toda área agricultável do Brasil (Alovisi, et al, 2021) é o pó de rocha (PR), também conhecido como remineralizador ou agromineral, capaz de fornecer macro e micronutrientes às plantas (Ramos et al, 2019, cátions (Korchagin et al 2019) e minerais (Brito et al, 2023) de forma lenta (Tito et al, 2019), melhorando as propriedades físicas, físicoquímicas e a atividade biológica do solo. Porém, para ser usado na agricultura, deve-se conhecer as quantidades máximas permitidas de contaminantes do PR como o Arsênio (As), Cádmio (Cd), Mercúrio (Hg) e Chumbo (Pb) (Brasil, 2016).…”

Desempenho Da Cultura Da Soja Com Diferentes Doses De Pó De Basalto Em Latossolo No Sul Do Brasil: Adubação Alternativa, Glycine Max, Pó De Rocha.

“…Porém, o uso de pó de basalto (PB) na agricultura ainda é muito incipiente, visto os benefícios que ele pode trazer para o solo e o ambiente. Somente cerca de 2 milhões de hectares no Brasil utilizam este método de adubação, incluindo a cultura da soja, isto representa apenas 3% de toda área agricultável do país (ALOVISI, et al 2021). Nos últimos anos, surgem regularmente novos estudos sobre a técnica de rochagem, muitos com pós de diferentes tipos de rochas, nas mais diferentes culturas com o objetivo de avaliar seus resultados, e desenvolver metodologias que possam maximizar ainda mais o uso dessa técnica no país.…”

Chemical properties of soils submitted to the application of a bioactivator and basalt and serpentinite powders

“…The use of rocks that have nutrients in their composition currently represents an alternative practice for complementing or partially replacing conventional fertilizers in agriculture. However, rock dust generally has low solubility (Alovisi et al, 2021). Therefore, alternatives that increase solubilization and add value to products derived from rocks have been sought.…”