As áreas protegidas foram criadas para a proteção e conservação da fauna e flora. Analisar suas dinâmicas socioambientais é essencial para a manutenção dos ecossistemas. O objetivo deste artigo é simular trajetórias de desmatamento na Floresta Nacional do Jamanxim a partir de modelos matemáticos, e propor cenários futuros até o ano de 2030, com base na análise de uso e cobertura da terra. Para tanto, realizou-se o processamento das imagens de satélite para análise das mudanças de uso e cobertura da terra, ao qual aplicou-se o método de classificação supervisionada, através do algoritmo de Máxima Verossimilhança; e processamento das variáveis independentes. Na modelagem espacial através do software DINAMICA EGO, utilizou-se o modelo LUCC. Observou-se que houve redução de área de 112,51 km² (0,87%) de floresta primária, e aumento do desmatamento com área de 393,53 km², equivalente a 3% de área desmatada. Obteve-se um cenário no qual a floresta primária foi convertida para desmatamento (0,28%) com alta probabilidade de transição de floresta primária para mosaico de ocupações e de exploração florestal para mosaico de ocupações ao norte e ao sul da FLONA do Jamanxim. Projeta-se a perda de 198,79 km² (1,52%) de floresta primária, e aumento de desmatamento de 155,20 km² até o ano de 2030. O mapa resultante deste cenário pode apoiar ações de políticas públicas, por meio da análise de impactos e leis, e identificação de áreas prioritárias para ação governamental. Em conjunto com os planos de comando, controle e monitoramento, é possível orientar o desenvolvimento socioambiental, econômico e cultural nesta Unidade de Conservação (UC), para manutenção e conservação da biodiversidade.