Valor Nutritivo E Características Fermentativas Da Silagem De Capim-Elefante Com Diferentes Proporções De Casca De Café

Abstract

Resumo Avaliaram-se o valor nutritivo e as características bromatológicas de silagens de capim-elefante (CE), cultivar mineiro, cortado aos 70 dias de rebrota, com adição de quatro níveis de casca de café (1-CE; 2-CE + 10%; 3-CE + 20% e 4-CE + 30%). Utilizou-se o delineamento experimental em blocos casualizados com quatro tratamentos e seis repetições. Foram determinados nas silagens os teores de lignina, celulose, cafeína, DIVMS, pH, N-NH3 e as perdas de efluente e gás. Os valores de MS aumentaram enquanto o pH reduziu linearmente com o aumento da casca de café na silagem de capim elefante. A produção de efluente ocorreu somente na silagem sem casca de café nos cinco primeiros dias, com maior produção nos três primeiros. Os valores de N-NH3 decresceram linearmente com o aumento da casca de café. Houve aumento do teor de PB à medida do aumento da casca de café. Houve aumento de FDN e redução FDA e DIVMS linear com o aumento da casca de café. Esses resultados mostram que a casca de café como aditivo foi efetivo em melhorar as características da silagem de capim-elefante cortado aos 70 dias de idade.

Parâmetros fermentativos e composição química de silagem de capim elefante cv. Roxo com adição de vagens de faveira

“…Os teores de MS da silagem de capim elefante aumentaram de acordo com os níveis de inclusão das vagens de faveira trituradas com efeito linear positivo (P<0,05) a partir de 8% de inclusão do aditivo (Tabela 2), associado à alta concentração desse constituinte nas mesmas (77,25%) (Tabela 1), além da alta higroscopicidade, reduzindo o teor de umidade da silagem. Efeitos semelhantes foram obtidos em silagens com adição de farelo de mandioca, casca de café e farelo de cacau por Andrade et al (2010), com efeito linear crescente de todos os aditivos no aumento dos teores de MS, com aumentos de 0,52; 0,55 e 0,63%, respectivamente, para cada unidade de aditivo e associando aos altos teores de MS dos mesmos (84,5; 87,9 e 86,9%, respectivamente) com sua capacidade de retenção de umidade.…”

“…Esse efeito é observado quando da inclusão de aditivos fontes de carboidratos solúveis como resultados obtidos por Andrade et al, (2010) em silagens de capim elefante contendo subprodutos agrícolas, com elevação das perdas em 2,4% da MS a cada aumento de 10% de farelo de cacau e por Mota et al (2015), com inclusão de 10% de vagens de faveira de bolota (0,12%).…”

“…As vagens trituradas foram adicionadas nos níveis 0, 8, 16 e 24% (0; 0,72; 1,44 e 2,16 kg de vagem por tratamento, respectivamente) com base no peso verde do capim emurchecido, em um total de 9 kg de mistura (capim + vagem) para cada tratamento, dividindo-se igualmente entre as 5 repetições (1,8 kg da mistura por repetição) e realizando-se homogeneização manual. Para a ensilagem, foram utilizados silos experimentais confeccionados com tubos de PVC, com diâmetro de 100 mm e comprimento de 50 cm, utilizando-se vedação do tipo "taps" e providos de válvula do tipo Bunsen para escape e estimativa da produção de gases (ANDRADE et al, 2010). Adicionouse 1kg de areia no fundo do silo, separada por tela tipo sombrite, para quantificação da produção de efluentes.…”

“…As perdas por gases, efluentes e a estimativa da recuperação da MS foram obtidas segundo equações propostas por Andrade et al (2010). As perdas por gases foram obtidas pela equação: PG (% da MS) = [(PsChf -PsCha)/(MVFE × MSFE)] × 100 em que: PG = perdas por gases; PsChf = peso do silo cheio no fechamento da ensilagem (kg); PsCha = peso do silo cheio na abertura (kg); MVFE = matéria verde da forragem ensilada (kg); MSFE = matéria seca da forragem ensilada (%), descontando-se também o peso da areia adicionada aos silos (1 kg).…”

“…O uso de forragem como principal fonte de alimento na produção animal enfrenta desafios na manutenção da eficiência produtiva dos rebanhos devido a fatores sazonais, principalmente relacionados com a escassez hídrica, que afetam diretamente a produtividade das pastagens ao longo do ano (ANDRADE et al, 2010). Nesse sentido, a busca por tecnologias que viabilizem os sistemas quanto à alimentação dos rebanhos torna-se mais intensa e reflete na adoção de métodos que permitam a utilização de recursos forrageiros de forma eficiente, com melhorias na produção de massa de forragem e no valor nutritivo.…”