A Artrite Reumatóide (AR) acomete aproximadamente 1% da população mundial. Identificá-la como uma patologia de caráter aditivo, que afeta articulações periféricas em suas porções proximais e gera agravos incapacitantes com danos permanentes à qualidade de vida; bem como reconhecer que o tratamento precoce diminui sua progressão; impulsionaram pesquisadores na busca de um método adjuvante para diagnóstico antecipado e seguimento de atividade inflamatória: a ultrassonografia. Estudos sobre AR e voltados para análise das mãos foram depurados no intuito de contribuir para a discussão do tema e a implementação da ultrassonografia na rotina clínica. O desenvolvimento tecnológico recente proveu incrementos na qualidade da imagem e na resolução da ultrassonografia. Trata-se de uma poderosa ferramenta com uso novo na reumatologia e que apesar de operador dependente ganha prestígio por apresentar confiabilidade interobservadores ao captar áreas de sinovites de forma satisfatória e áreas de erosões ósseas com excelência e em estágios anteriores aos radiográficos, historicamente descrito na literatura médica como método de acompanhamento, que deve ser realizado no momento do diagnóstico e após um ano de doença, quando erosões, redução do espaço articular e subluxação podem ser detectadas. A avaliação do tecido musculoesquelético em escalas de cinza, em Doppler, com adição de contraste à imagem e padronização da técnica demonstra resultados equiparáveis à ressonância e superiores à radiografia. Por ser um exame mais barato, mais cômodo e que possibilita avaliar articulações em repouso e em movimento, a ultrassonografia em reumatologia tem sido considerada “uma extensão do exame físico”. Palavras-chave: Artrite Reumatóide; Ultrassonografia; Diagnóstico.