Vigilância e controle de reservatórios da leishmaniose visceral no Brasil: aspectos técnicos e jurídicos

Abstract

É efetuada uma avaliação técnica e jurídica dos aspectos relacionadas ao controle da leishmaniose visceral no Brasil, com destaque para o tratamento de cães infectados, a eutanásia de cães soro reagentes e diagnósticos laboratorial da leishmaniose visceral canina (LVC).

INFECÇÃO POR Toxoplasma gondii, Neospora caninum, Leishmania major E Trypanosoma cruzi EM CÃES DO ESTADO DO PARÁ

“…mesmo com tratamento e menor carga parasitária, os cães tratados permanecem como fontes de infecção por toda vida (10,11) .…”

A prática do tratamento na leishmaniose visceral canina (lvc) em clínicas veterinárias, cuidados e protocolos

“…Enfatiza-se que apesar da proibição de medicamentos de uso humano no tratamento da leishmaniose como o glucantime e a anfotericina B, algumas clínicas têm preconizado o uso destes, contrariando a portaria interministerial. Essa conduta deve ser evitada pois além de, sabidamente, não promoverem a cura com eliminação total do agente, e tão somente diminuição de carga parasitária, pode haver a seleção de resistência do agente (11), fato que pode complicar a resposta no tratamento humano, no futuro.…”

“…Os aspectos ambientais contribuem para a ocorrência da LVC e as condições socioeconômicas precárias, tais como moradia e o saneamento que favorecem a multiplicação e manutenção do vetor uma vez que eles encontram animais para o repasto sanguíneo. Devem ser considerados os aspectos nutricionais que podem reduzir a resistência imunológica dos humanos, sendo a baixa imunidade um fator importante para a manifestação da doença (11).…”

“…As justificativas para a proibição da indicação de medicamentos utilizados para o tratamento de seres humanos com LV, para a terapia de cães infectados parte do princípio de que o tratamento da LVC traz riscos para a saúde pública, pela manutenção dos reservatórios da doença, uma vez que cães não curados parasitologicamente apresentam a remissão dos sinais clínicos, porém permanecem como fontes de infecção para o inseto transmissor, e consequentemente, perpetuam o ciclo de transmissão da doença. Destaque-se, ainda, que o tratamento da LVC poderá levar à seleção de estirpes de parasitos resistentes aos medicamentos disponíveis para o tratamento da LV humana (11).…”

Description of six autochthonous cases of canine visceral leishmaniasis diagnosed in Pedregulho (São Paulo, Brazil)

“…It is estimated that 500,000 new cases emerge every year, and that approximately 12 million people are currently infected (WHO, 2010). In Brazil, the disease is present in 22 out of the 26 states: 3,486 cases and 232 deaths were reported between the years 2010 and 2012 (DONATO et al, 2013) and, according to Rabello et al (2003), the number of cases of coinfection with the human immunodeficiency virus has been increasing significantly. There have also been reports about illnesses that occur concurrently with leishmaniasis, such as ehrlichiosis, demodicosis and sarcoptic mange, hepatozoonosis and lymphoma (CIARAMELLA et al, 1997), and neosporosis and toxoplasmosis (ZULPO et al, 2012).…”