2018
DOI: 10.22355/exaequo.2018.37.10
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Violência sexual e consumo de substâncias psicoativas: podem os contextos festivos ser educativos?

Abstract: ResumoNeste artigo, analisa -se a tríade sexo feminino, consumo de substâncias psicoativas em contextos festivos e a sua relação com situações de violência sexual. Através da revisão bibliográfica e de dois grupos de discussão realizados com frequentadoras de contextos festivos e utilizadoras recreativas de substâncias psicoativas (n=12), com idades compreendidas entre os 16 e os 46 anos e de classe média, foram identificadas várias desigualdades de género que emergem em ambientes de diversão noturna. A normal… Show more

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“…Este processo fez-se acompanhar da feminização dos ambientes de lazer noturno (ALN) enquanto palcos públicos para a mulher experimentar e expressar novas feminilidades e transcender as suas opressões de género (Bóia, Ferro e Lopes 2015;Rodrigues 2016). No entanto, os ALN reproduzem as desigualdades que encontramos na sociedade em geral, incluindo o assédio e violência sexual (Mellgren, Andersson e Ivert 2018;Pires et al 2018;Quigg et al 2020;Tutunges, Sandberg e Pedersen 2020;Vaadal 2020), que tendem a agravar-se pelo uso de práticas sexistas e pela cristalização das relações entre géneros (Rodrigues 2016). A sexualização da participação das mulheres em alguns ALN reforça processos de socialização de género sexistas que contribuem para normalização e generalização do assédio sexual enquanto interação sexualizada aceitável e expectável (Graham et al 2017;Observatorio Noctambul@s 2017;Pires et al 2018;Anitha et al 2021).…”
Section: Assédio Sexual E Abordagens De Intervenção Em Ambientes De L...unclassified
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“…Este processo fez-se acompanhar da feminização dos ambientes de lazer noturno (ALN) enquanto palcos públicos para a mulher experimentar e expressar novas feminilidades e transcender as suas opressões de género (Bóia, Ferro e Lopes 2015;Rodrigues 2016). No entanto, os ALN reproduzem as desigualdades que encontramos na sociedade em geral, incluindo o assédio e violência sexual (Mellgren, Andersson e Ivert 2018;Pires et al 2018;Quigg et al 2020;Tutunges, Sandberg e Pedersen 2020;Vaadal 2020), que tendem a agravar-se pelo uso de práticas sexistas e pela cristalização das relações entre géneros (Rodrigues 2016). A sexualização da participação das mulheres em alguns ALN reforça processos de socialização de género sexistas que contribuem para normalização e generalização do assédio sexual enquanto interação sexualizada aceitável e expectável (Graham et al 2017;Observatorio Noctambul@s 2017;Pires et al 2018;Anitha et al 2021).…”
Section: Assédio Sexual E Abordagens De Intervenção Em Ambientes De L...unclassified
“…No entanto, os ALN reproduzem as desigualdades que encontramos na sociedade em geral, incluindo o assédio e violência sexual (Mellgren, Andersson e Ivert 2018;Pires et al 2018;Quigg et al 2020;Tutunges, Sandberg e Pedersen 2020;Vaadal 2020), que tendem a agravar-se pelo uso de práticas sexistas e pela cristalização das relações entre géneros (Rodrigues 2016). A sexualização da participação das mulheres em alguns ALN reforça processos de socialização de género sexistas que contribuem para normalização e generalização do assédio sexual enquanto interação sexualizada aceitável e expectável (Graham et al 2017;Observatorio Noctambul@s 2017;Pires et al 2018;Anitha et al 2021). Por esse motivo, à noite são tolerados comportamentos que noutros contextos sociais diurnos são considerados inaceitáveis e socialmente reprováveis (Observatorio Noctambul@s 2017; Pires et al 2018).…”
Section: Assédio Sexual E Abordagens De Intervenção Em Ambientes De L...unclassified
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“…De este modo, mientras que los hombres se encuentran más representados en puestos de trabajo del sector industrial y construcción, quedando expuestos a los riesgos tradicionales de seguridad e higiene industrial propios de la época fordista, las mujeres ocupadas en profesiones fuertemente feminizadas (administrativas, maestras, enfermeras, asistentes de limpieza, camareras), sobre todo del sector servicios, se ven afectadas en mayor medida por riesgos de origen psicosocial (Vogel 2015, 68). A todo ello, habría que añadir que los hombres ocupan con mayor frecuencias cargos de alta dirección y poder (segregación vertical) (Chodorow 2002), derivado de una cultura patriarcal y de dominación masculina, que provoca que las mujeres trabajadoras sufran mayores índices de discriminación, acoso o violencia sexual tanto en el mundo laboral (Campos-Serna et al 2012) como en otros contextos (Pires et al 2018).…”
Section: A Invisibilidade Normativa Dos Riscos Psicossociais Que Afetunclassified