Trata-se aqui da reflexão das relações entre cibercultura e subjetividade na perspectiva social, cultural e intelectual das meninas e da escola. O objetivo é problematizar a atualidade das tecnologias, os impactos na vida dos indivíduos e o poder de controle no contexto da educação e da escola brasileira. A partir das teorias de Lévy (1999), de Han (2017) e de Adichie (2009), as reflexões conceituais de Deleuze e Guattari (1995, 1996, 1998) pelo viés da cartografia, apresentamos as falas de meninas entrevistadas sobre a convivência e uso das redes sociais e a contribuição destas para a educação. Na contramão, surgem as formas de resistência, como diz Deleuze, o devir não permite identidades estáticas, mas sim linhas de fuga, movimentos intensos, na multiplicidade que permitem novas conexões e transformações. Acredita-se que, para o grupo pesquisado, a problematização proposta pode reverberar em uma compreensão ampliada das meninas sobre as mídias digitais que perpassam a vida em sociedade, sobre os modelos de aprendizagem e sobre a formação dos indivíduos.