Vulnerabilidade Social da Cidade de Teresina, Piauí

Abstract

A ocupação desordenada das cidades brasileiras tem aumentado o número de pessoas afetadas por inundações, e a ocupação do leito maior dos rios urbanos por populações pobres tem contribuído para a agudização dos danos gerados. Estudos de vulnerabilidade socioambiental têm se tornado valioso instrumento na busca da mitigação dos efeitos das inundações, uma vez que aglutinam indicadores sociais, econômicos e ambientais, revelando a capacidade de resposta dos afetados para o enfrentamento dos desastres. Desse modo, objetivou-se, com o presente estudo, analisar a vulnerabilidade socioambiental de Teresina, Piauí, às recorrentes inundações. Para tanto, foram utilizados dados alfanuméricos de 11 variáveis, agrupadas em 4 critérios: demografia, educação, renda e condições habitacionais, para os 110 bairros do município de Teresina. A equação do índice de vulnerabilidade socioambiental (IVSA) para o município de Teresina se baseou em média aritmética simples. Os dados refinados das 11 variáveis e IVSA foram espacializados via ferramentas do QGIS. Constatou-se que os bairros Itararé, Angelim, Santo Antônio, Promorar e Mocambinho são os mais vulneráveis às inundações em Teresina, pois apresentaram baixos índices nas dimensões avaliadas, tornando essencial a intervenção do poder público sobre os mesmos, com o intuito de aumentar a capacidade de resposta mediante a materialização do desastre.
 Palavras-Chave: Vulnerabilidade. Inundação. Teresina.

Ensino da cidade de Teresina: meio ambiente e paisagens

“…Atualmente, corresponde à Rua Rui Barbosa até encontrar a Avenida Barão de Gurguéia, onde se formaram os bairros Vermelha, São Pedro, Angelim, Areias, Frei Beto e outros. Àquela época, esse eixo desviava-se das lagoas que se mantiveram na margem do Parnaíba até início do século XX, sendo uma delas a "Palha de Arroz", próximo à Praça Saraiva (CHAVES, 1998). Com o passar do tempo, essas avenidas foram se interligando com outras, favorecendo o surgimento de muitos bairros e a comunicação entre eles.…”

“…Ligada ao rio, pela busca de um caminho para que o Piauí se conectasse aos fluxos de comunicação e comércio com as demais províncias brasileiras e com a Europa, através da navegação (Figura 11). E a cidade estava ligada ao relevo da chapada pela necessidade que as autoridades tiveram de encontrar um espaço mais elevado, a salvo das inundações periódicas dos rios Parnaíba e Poti, que traziam muitos prejuízos à então Vila do Poty (sede do município de mesmo nome), que se localizava próxima à foz do rio Poti, no rio Parnaíba (CHAVES, 1998;ABREU;LIMA, 2000;LIMA, 2002b;. Na Figura 12, observamos um mosaico de paisagens atuais da cidade de Teresina, mostrando a beleza que resulta da integração entre natureza e ação humana.…”

“…Iniciada em março de 1865, a Igreja de Nossa Senhora das Dores foi o segundo templo católico construído para atender a demanda de fiéis na cidade de Teresina. Construída no Largo de Saraiva (atualmente Praça Saraiva), essa igreja foi inaugurada em fevereiro de 1867 (CHAVES, 1994).…”

“…Foi concluída pelo missionário capuchinho italiano Frei Serafim de Catânia, da ordem dos franciscanos. O local escolhido para construção foi o Alto da Jurubeba, local de devoção, onde se enterravam as pessoas excluídas do cemitério oficial, como negros cativos, assassinos e suicidas (CHAVES, 1994;MELO, 2013;FUNDAC, 2022).…”

“…Localizada no centro de Teresina, por trás da Igreja Nossa Senhora do Amparo, em espaço contíguo à Praça da Bandeira, a Praça Rio Branco, antes chamada de Praça Uruguaiana, teve sua fundação (ou urbanização como praça) datada do início do século XX (CHAVES, 1994). Dentre as praças constantes no Plano Saraiva, é a que possui a menor área útil, em formato retangular alongado no sentido norte-sul (MI-RANDA et al, 2015).…”