Vulnerabilidades, trabalhadores e casas de farinha: Cenário de riscos no agreste pernambucano

Abstract

A vulnerabilidade dos trabalhadores nas casas de farinha é uma situação que pode variar de acordo com as possibilidades sociais, econômicas e ambientais. As casas de farinha envolvem uma quantidade considerável de trabalhadores no processo de beneficiamento da mandioca, onde são observadas condições relacionadas aos riscos e ao comprometimento da qualidade de vida. O objetivo desse trabalho foi quantificar o grau de vulnerabilidade dos trabalhadores em 17 (dezessete) casas de farinha no Município de Lajedo no Agreste de Pernambuco. A metodologia contemplada envolveu as seguintes etapas: levantamento bibliográfico, caracterização da área de estudo, interpretação de dados cartográficos, aplicação de entrevistas, registro fotográfico, análise e organização dos dados. Os resultados obtidos indicaram que os trabalhadores das casas de farinha apresentam altos índices de vulnerabilidade. A omissão do Estado no fomento de políticas públicas deixa esses trabalhadores sobrecarregados não conseguindo romper com o meio em que estão inseridos.

Produção De Farinha Da Mandioca No Agreste Pernambucano

“…O avanço do capital passa a controlar a produção e a circulação do produto, deixando à margem desse benefício o trabalhador que não possui uma estrutura para produzir farinha, aquele que não é detentor de uma indústria farinheira e de uma produção dentro das exigências do mercado (BARROS JÚNIOR, 2015).…”

“…As primeiras casas de farinha eram do tipo tradicional, ou seja, seu método de produção era completamente manual e compassadamente ocorreu a mecanização das casas de farinha, com a implantação da prensa hidráulica e do motor Revista Equador (UFPI), Vol. 5, Nº 5, p.216 -238, 2016 Home: http://www.ojs.ufpi.br/index.php/equador triturador, fato que contribuiu para que as unidades de beneficiamento da mandioca atingissem e mantivessem na atualidade o enquadramento no tipo modernizado (BARROS JÚNIOR, 2015).…”

A ação pública de adaptação da agricultura à mudança climática no Nordeste semiárido brasileiro

“…O agricultor familiar do Polo Gesseiro tem necessidade de produzir alimentos em sua propriedade rural, quer sejam cultivos alimentares ou a criação de animais, notadamente ovinocaprinos para garantir sua segurança alimentar. Além disso, ele utiliza-se da lenha proveniente da Caatinga tanto para atender à indústria gesseira quanto como fonte de energia primária para a queima em suas atividades cotidianas (JALIL et al, 2017;BARROS JÚNIOR et al, 2018;GIODA, 2019). Diante dessa problemática, os modelos de cultivos consorciados surgem como uma alternativa para garantir a segurança energética e alimentar da região.…”

Agricultura sustentável como medida de adaptação para o Polo Gesseiro do Araripe

“…O agricultor familiar do Polo Gesseiro tem necessidade de produzir alimentos em sua propriedade rural, quer sejam cultivos alimentares ou a criação de animais, notadamente ovinocaprinos para garantir sua segurança alimentar. Além disso, ele utiliza-se da lenha proveniente da Caatinga tanto para atender à indústria gesseira quanto como fonte de energia primária para a queima em suas atividades cotidianas (JALIL et al, 2017;BARROS JÚNIOR et al, 2018;GIODA, 2019). Diante dessa problemática, os modelos de cultivos consorciados surgem como uma alternativa para garantir a segurança energética e alimentar da região.…”