Introdução A pandemia de COVID-19 iniciou a corrida do desenvolvimento de vacinas globalmente. Os trabalhadores da saúde foram o primeiro grupo a receber imunizantes, e no Brasil os mais utilizados foram CoronaVac e AstraZeneca. O presente estudo teve como objetivo avaliar a imunogenicidade e a duração da resposta às vacinas Coronavac e Astrazeneca. Métodos Este estudo de coorte foi realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES/EBSERH). No total, 476 trabalhadores da saúde foram recrutados, 261 e 215 foram completamente imunizados com duas doses da vacina CoronaVac (VAC) e AstraZeneca (AZV), respectivamente. Dentre os que receberam o esquema vacinal VAC, a média de idade foi 43 anos. Dentre os que receberam o esquema vacinal AZV, a média de idade foi 44 anos. Os participantes foram acompanhados por meio de coletas de sangue para dosagem dos níveis de anticorpos IgG e IgG anti-spike (IgG-S), no dia da primeira dose (D0), 28 dias após a primeira dose (D28), 28 dias após a segunda dose (D28*) e 180 dias após a primeira dose (D180). Resultados Antes da vacinação, 17,5% foram reagentes ao IgG e 42,8% ao IgG-S no grupo VAC (n = 257) e 13,2% para IgG e 29,7% IgG-S foram reativos no AZV. Em ambos os grupos, os níveis de anticorpos foram crescentes com pico 28 dias após a segunda dose com taxa de soroconversão de 100% e queda dos títulos após 180 dias. Após 180 dias, 92,9% se mantivessem reativos no grupo VAC e 100% no AZV no seguimento de 6 meses. No grupo VAC o pico de IgG total foi de 2,17mEq/dL e IgG-S de 1700 AU/mL. Em relação ao grupo de AstraZeneca o pico foi 5617, ± 6101,8 AU/mL. Conclusão A reatividade humoral induzida pelas vacinas AstraZeneca e CoronaVac foi alta, com taxa de soroconversão de 100% com os dois imunizantes após a segunda dose. A CoronaVac induziu menores títulos de IgG-S, bem como redução de reatividade após 6 meses. Embora não esteja bem estabelecido correlatos de proteção, os títulos mais baixos e queda mais rápida dos níveis de anticorpos específicos, indica necessidade de reforço ou terceira dose. Apoio e financiamento HUCAM-UFES, EBSERH, ICEPi/SESA.
BackgroundPatients with autoimmune inflammatory diseases (AID) have been prioritized for urgent vaccination to mitigate COVID-19 risk. However, few studies in the literature assessed the immunogenicity and safety of the COVID-19 vaccine in patients with AID.ObjectivesIn this context, the present study aims to evaluate the immunogenicity and safety of the vaccine against COVID-19 in patients with AID.MethodsThese data are from “Safety and efficacy on COVID-19 Vaccine in Rheumatic Disease” - SAFER study, a Brazilian multicentric prospective phase IV study to evaluate COVID-19 Vaccine in AID, in the real-life, in Brazil. Immunogenicity and adverse events (AE) from a single center were assessed, after 2 doses of ChAdOx1 (Oxford/AstraZeneca), 8 weeks of interval, in patients with AID and healthy controls (HC). Inclusion criteria were age ≥ 18 years and fulfilling criteria according to international classification for AID. Exclusion criteria: pregnancy, previous severe AE to any vaccine, other immunosuppression causes. Stratification of post-vaccination AE was performed using a diary, filled out daily and returned at the end of 28 days for each dose. Participants were followed up through blood collection for measurement of IgG antibodies against SARS-CoV-2 spike receptor-binding domain by chemiluminescence (SARS-CoV-2 IgG II Quant assay, Abbott Laboratories, Abbott Park, IL, USA) at baseline and 28 days after the second dose. The seropositivity was defined for titers ≥50 AU/mL. Quantitative analyses were presented as observed frequency, percentage, central tendency, and variability measurements. The sample’s normal distribution was verified through the Shapiro-Wilk test. The Kruskal-Wallis test and the post-hoc Dwass-Steel-Critchlow-Fligner pairwise comparisons test were used to compare the IgG-S titers between the groups through the evaluation period. Categorical data were addressed using the Fisher´s exact or Chi-squared (χ2) test. An alpha level of 5% significance was used in all analyses.ResultsA total of 377 volunteers with AID and 50 HC were included in the study. Patients with spondyloarthritis (N=64), systemic lupus erythematosus (N=63), rheumatoid arthritis (N=61), primary Sjögren’s syndrome (N=61), vasculitis (N=31), systemic sclerosis (N=14), inflammatory myopathy (N=9), Crohn´s disease (N=49), ulcerative colitis (N=11) and other systemics AID (N=12) were evaluated. Both groups had female predominance (73.5% vs. 74.0%, p=0.937) and were homogeneous for age (43.5 vs. 41.7,p=0.308). The seroconversion among those not reactive (IgG-S negative at baseline) (46 HC and 191 AID), 28 days after second dose was 97.1% for spondyloarthritis (p=0.425), systemic lupus erythematosus 88.2% (0.006), rheumatoid arthritis 93.5% (0.158), primary Sjögren’s syndrome 92.6% (0.133), systemic sclerosis or inflammatory myopathy 47.1% (0.001), inflammatory bowel disease 100% (0.999) and vasculitis 80% (0.006), while in healthy control was 100%. In comparison with HC, there was a statistically significant difference in IgG-S titles only in systemic sclerosis or inflammatory myopathy (1.694 AU/ml vs. 3.719 AU/ml; p=0.006). Both groups only presented mild AE. Pain at the injection (85.7% vs. 78.4%, p=0.239), headache (67.3% vs. 53.8, p=0.074) and fatigue (59.2% Vs. 46.2%, p=0.089) were more common in HC than AID. Overall, reactions like arthralgia (52.6 vs. 22.4%, p<0.001), hematoma (14.1 vs. 4.1%, p=0.05), cutaneous rash (9.5 vs. 0%, p=0.024) were more frequent in AID. Most participants related that they felt safer after receiving a COVID-19 vaccination, and 52.4% did not reported a worse patient global assessment (PGA) index.ConclusionIn conclusion, our data indicated that ChAdOx1 vaccine is safe and induced high titers and seroconversion rate in AID. More severe AID, such as vasculitis, systemic lupus erythematosous, and systemic sclerosis and myositis showed a lower seroconversion rate. Further analysis will explore the association between immunossupressant and reactivity, and booster dose.AcknowledgementsAcknowledgements to DECIT/MS and ICEPI/SESA for supporting the study.Disclosure of InterestsNone declared
Introdução A escassez de insumos tem sido uma grande limitação para o avanço da vacinação. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade, imunogenicidade e segurança da meia dose da ChAdOx1 nCoV-19. Métodos Ensaio clínico controlado não randomizado de fase III com grupos de comparação interna e externa (profissionais de saúde vacinados com dose plena). Moradores de Viana-ES, 18-49 anos, receberam duas meias doses da ChAdOx1 nCoV-19, com intervalo de 8 semanas. Foram estudados a incidência novos casos, número de mortes, internações e admissões em UTI, anticorpos neutralizantes por teste de neutralização em placa (PRNT) e quimioluminescência contra a porção RBD da fração S1 da proteína Spike, anticorpos totais IgG específico para SARS-Cov2, fatores solúveis sistêmicos, imunidade celular por estimulação antígeno-específica de células mononucleares do sangue periférico in vitro e investigação de Linfócitos T e B de memória e de citocinas intracitoplasmáticas. Eventos adversos foram monitorizados por diário, registro em plataforma digital, busca ativa por telefone, notificações no E-SUS notifica. Tempos de coleta: antes, 28 dias após 1ª.(D1) e 2ª. (D2) doses, e seguimento 3,6,12 meses pós D2. Resultados: Dos 27.000 elegíveis, 20.546 indivíduos receberam duas meias doses. Desses, 572 coletaram amostras biológicas. Após D2, a taxa de soroconversão entre soronegativos no baseline (n = 239) foi 99,8% semelhante à dose plena (DP) (n = 104, 100%). A média geométrica dos títulos de anticorpos (IC95%; UA/dL) foi 1.324 (1.148-1.527) com a MD e 3.727 (2.975-4.668) com DP (p < 0,001). No subgrupo com infecção natural prévia, os títulos foram semelhantes à dose padrão, mas houve queda dos títulos após D2 comparado com D1 nos dois grupos (MD = 9.569 (8.768-10.443) vs. 5.742 (3.195-6.347)), (DP = 9.533 (7.377-12.319) vs. 4.915 (3.767-6.412)). A frequência de eventos adversos foi semelhante, mas a duração dos sintomas foi menor no grupo MD. Não ocorreram eventos adversos graves. Taxas de casos confirmados após imunização completa foi semelhante à dose plena (20/248.830 vs. 28/419.248 casos/pessoas dia). Conclusão Meia dose da ChAdOx1 nCoV-19 é segura, imunogênica e capaz de induzir anticorpos neutralizantes em 99,8%. Em pessoas que tiveram infecção natural, uma meia dose foi semelhante a dose plena, e suficiente para induzir altos títulos de anticorpos. Resultados de imunidade celular e efetividade estão sendo analisados. Apoio ICEPi/SESA, MS, PNI, OPAS, HUCAM, UFES, EBSERH.
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