107 ‘casas subterrâneas’ no início do povoamento Jê Meridional em Santa Catarina: Rincão dos Albinos

Schmitz, Pedro Ignácio; Rogge, Jairo Henrique

doi:10.11606/issn.2448-1750.revmae.2011.89972

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“…As idades mais recuadas estão em São José do Cerrito, planalto de Santa Catarina, no sítio Boa Parada I (SC-CL-43), que é caracterizado pela presença de estruturas semissubterrâneas. Contudo, a datação de 2837-2496 anos cal AP (2640±40; Beta 275577) é proveniente dos níveis inferiores da parte externa de uma das estruturas, sem a presença de cerâmica (Schmitz & Rogge 2011Schmitz et al 2010Schmitz et al , 2013aSchmitz et al , 2013b.…”

Section: Contexto Arqueológicounclassified

Análises de mobilidade no litoral sul de Santa Catarina entre 2000-500 cal AP

Merencio

DeBlasis

2021

Rev. Mus. Arqueol. Etnol.

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Os sambaquis possuem uma ocupação longa e antiga no litoral sul de Santa Catarina (7500 a 1500 anos cal AP). A fase final dessa ocupação (a partir de 2000 anos cal AP) é marcada pela diminuição do número de sambaquis construídos e pelas alterações na estratigrafia, com o aumento de sedimento rico em matéria orgânica nas camadas superficiais de sambaquis mais antigos e em sítios discretos na paisagem (sambaquis tardios), que apresentam elementos de continuidade e mudança em relação à ocupação sambaquieira. Esse período é associado às transformações na paisagem costeira durante o Holoceno tardio e, também, aos processos culturais, como o gradual contato entre sambaquieiros e grupos Jê meridionais. A intensificação desse contato é registrada na presença de sítios monticulares e conchíferos com cerâmica Itararé-Taquara (1300-500 anos cal AP). Este artigo apresentará os dados de dispersão espacial e temporal de sítios ativos entre 2000-500 anos cal AP na região de Jaguaruna, através de análises de mobilidade multicritério (caminhos de menor custo) entre sambaquis tardios e sítios com cerâmica Itararé-Taquara. O objetivo é investigar a organização do território e as possíveis relações entre diferentes ocupações nesse período.

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Section: Contexto Arqueológicounclassified

Análises de mobilidade no litoral sul de Santa Catarina entre 2000-500 cal AP

Merencio

DeBlasis

2021

Rev. Mus. Arqueol. Etnol.

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“…Eles seguiram a hipótese difusionista de Menghín (1957), de que os Jê meridionais seriam a continuidade das populações caçadoras-coletoras altoparanaenses 3 , que, ao redor de 2 mil A.P., adotaram a técnica de polir líticos, cerâmica e agricultura, transformando-se na tradição 'eldoradense', devido aos achados no município argentino de Eldorado. Por exemplo, associando diretamente evidências da tradição Umbu e estruturas de terra, Schmitz et al (2009) concluíram que os Xokleng resultaram deste contexto, sugerindo ainda que os Jê viviam no Sul antes da difusão da cerâmica Rogge, 2011;Schmitz et al, 2013b).…”

Section: Problemáticaunclassified

Novas perspectivas para a cartografia arqueológica Jê no Brasil meridional

Noelli

Souza

2017

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum.

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Resumo: Os grupos Jê do Sul foram por muito tempo percebidos através da ótica do 'modelo padrão', que os considerava demograficamente reduzidos, isolados e nômades. Entretanto, os recentes avanços da arqueologia no Sul do Brasil tornaram possível questionar tal modelo. Neste artigo, nosso objetivo principal é demonstrar, através do mapeamento dos sítios arqueológicos e de suas datações, que podem ser identificadas áreas de alta densidade populacional com ocupações permanentes. Além disso, discutimos outras hipóteses com base na distribuição dos sítios: 1) sobre o povoamento do Sul do Brasil pelos grupos Jê; 2) sobre os processos de interação com outras populações (principalmente da família linguística Tupi-Guarani); e 3) sobre sua situação territorial no início do século XVI.Palavras-chave: Jê do Sul. Tradição Taquara/Itararé. Arqueologia regional. Sistemas de Informação Geográfica (SIG).Abstract: For a long time, the Southern Jê Amerindians were perceived through the lens of the 'standard model'. They were considered demographically reduced, isolated and nomadic. However, recent advances in the archaeology of Southern Brazil allow us to question such model. In this paper, our main aim is to demonstrate, through the mapping of archaeological sites and their dates, that it is possible to identify areas of high population density with permanent occupation. In addition, we discuss other hypotheses based on site distribution such as the peopling of Southern Brazil by the Jê groups; the process of interaction with other populations (mainly from the Tupi-Guarani linguistic family); and about their territorial situation in the beginning of the 16th century.

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“…Com o sentido de confirmar os resultados da escavação de 2011 e testar a hipótese construída com esses dados (Schmitz & Rogge, 2011) foram realizadas intervenções neste lado, usando as mesmas opções e os mesmos procedimentos. Para isso foram escolhidas 6 depressões de dois conjuntos e foram escavados 5 cortes de 1 x 1 m, em intervalos de 5 m, no terreno plano entre os dois conjuntos.…”

Section: As Casas Da Margem Esquerdaunclassified

Rincão dos Albinos - Um grande sítio Jê Meridional

Schmitz¹,

Rogge²,

Novasco³

et al. 2013

Pesquisas. Antropologia

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ResumoO texto divulga as pesquisas realizadas em 2011 e 2012 no sítio SC-CL-70/71, na localidade de Rincão dos Albinos, município de São José do Cerrito, no planalto das araucárias de Santa Catarina. O sítio compõe-se de 107 'casas subterrâneas' e alguns montículos de terra, dispostos ao longo de fluxo de água, nascido de um pequeno banhado de altura. No sítio foram escavadas, parcialmente, 10 casas e feitos 21 cortes estratigráficos de 1 m 2 no entorno das mesmas. As casas, muito próximas umas das outras, eram ocupadas mais de uma vez e durante os primeiros séculos (VI a X) não tinham cerâmica. A ocupação se apresenta como de acampamentos passageiros e coincide com a expansão inicial de Araucaria angustifolia sobre os campos do planalto. O sítio representa o momento em que, por primeira vez, captamos abundantes assentamentos do Jê Meridional no planalto do Sul do Brasil. Palavras-chave: Rincão dos Albinos, São José do Cerrito, 'casas subterrâneas', acampamentos passageiros, ausência de cerâmica. AbstractThe text divulges investigations made in the years 2011 and 2012 on the site SC-CL-70/71, in Rincão dos Albinos, municipality of São José do Cerrito, on the araucária highlands of Santa Catarina. The site consists of 107 pit houses and some earthen mounds, disposed along a little creek, whose origin is a neighboring swamp. We excavated partly 10 houses and, in the vicinity, 21 stratigraphic cuts. The houses are very close togheter, had multiple ocupations and through the firts centuries (VI to X) had no ceramics. The settlement sugests ephemeral camp sites, coincident with the initial Araucaria angustifolia expansion. The site represents the moment we can capture, for the first time, abundant Jê Meridional sites.

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107 ‘casas subterrâneas’ no início do povoamento Jê Meridional em Santa Catarina: Rincão dos Albinos

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Análises de mobilidade no litoral sul de Santa Catarina entre 2000-500 cal AP

Análises de mobilidade no litoral sul de Santa Catarina entre 2000-500 cal AP

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Rincão dos Albinos - Um grande sítio Jê Meridional

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